segunda-feira, 29 de junho de 2020

Folar de Vouzela



A NOSSA GASTRONOMIA | FOLAR DE VOUZELA.

Uma das grandes estrelas da nossa doçaria é o folar de Vouzela, um bolo seco e fofo, de crosta dourada e com um recheio pronunciado de manteiga e açúcar.

Não se sabe ao certo quando se iniciou a tradição do folar de Vouzela mas o seu fabrico já era praticado no séc. XIX. Especula-se que a receita original fazia parte do receituário do convento de freiras da Ordem das Clarissas do Porto, localizado na antiga rua das Eiras, e que foi trazida para Vouzela por duas freiras que se fixaram na região.

Inicialmente, o folar de Vouzela era exclusivamente preparado nas vésperas da Páscoa, a pedido das famílias mais abastadas, que entregavam às doceiras os ingredientes necessários para a confeção, pagando-lhes apenas o trabalho. 

Então, bem cedo, no domingo de Páscoa as doceiras entregavam os folares nas casas ricas, para que estes fossem oferecidos pelas madrinhas aos afilhados, em retribuição do ramo que estas haviam recebido no domingo de Ramos.

Ao longo do tempo, o Folar de Vouzela deixou de ser uma tradição exclusivamente pascal e passou a ser consumido ao longo de todo o ano, como sobremesa ou como refeição ligeira, simples ou acompanhado de queijo ou de manteiga.

Esta iguaria é produzida diariamente nas pastelarias e padarias de Vouzela e é vendido à unidade, em tamanho pequeno ou médio, em diversos estabelecimentos locais.

Não deixe de experimentar esta delícia!

E, se quiser confecionar o folar de Vouzela, deixamos a receita:
Ingredientes: 1kg farinha sem fermento, 200gr açúcar, 10 ovos, 100gr manteiga, 60gr fermento de padeiro, 1 pitada sal (ingredientes opcionais: canela em pó q.b. e 1 colher
sopa de vinho do porto).

Modo de preparação: Coloca-se a farinha em cima de uma mesa e abre-se um buraco no meio. Adiciona-se a manteiga, o açúcar, os ovos inteiros, o fermento, o sal (e os ingredientes opcionais). Amassa-se, sem que a massa fique muito dura, e coloca-se a levedar por duas horas. Depois de a massa ter repousado, estende-se de uma só vez (ou dividida em partes iguais, dependendo do tamanho ou peso que se desejar para
os folares). 

A massa estendida deverá ficar com o formato de um círculo e no centro espalham-se montinhos de açúcar e manteiga (a gosto), o que irá formar o recheio do folar.
Dobra-se a massa a meio sem achatar, deixando a parte de baixo ligeiramente maior, e dá-se-lhe o formato de ferradura. Pincela-se o topo do folar com um pouco de água e distribui-se açúcar granulado por cima. 

Descansa novamente, por uma hora. Já num tabuleiro enfarinhado, o folar deve ser coberto de papel vegetal e ir ao forno pré aquecido a 200º (se possível em forno de lenha, como manda a tradição). O tempo de cozedura dependerá do tamanho do folar, sendo 30 minutos o tempo de cozedura
aconselhado para um folar de 1kg.
Pode cozer mais ou menos, de acordo com o gosto pessoal, mas o segredo para um resultado perfeito é deixar que fique com cor dourada escura.

Retirado da página de Facebook de https://www.facebook.com/vouzelar/

terça-feira, 23 de junho de 2020

Tarte Fina de Tomate e Chouriço

Leopoldina e a aventura do sabor: Novembro de 2012. p. 121

Tarte Fina de Tomate e Chouriço

Ingredientes:

200 g. de massa folhada
10 rodelas de chouriço
4 tomates-chucha maduros
2 folhas de manjericão
2 c. de sopa de mostarda
Parmesão em raspas q.b.
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b.

Aqueça o forno a 200ºC.
Recorte 4 quadrados de massa folhada e pique a sua base com a ajuda de um garfo.
Corte o tomate em rodelas com 0,5 cm de espessura.
Espalhe a mostarda na massa folhada.
Coloque por cima as rodelas de tomate e as folhas de manjericão picadas.
Corte as rodelas de chouriço em metades e coloque por cima do preparado da massa.
Tempere com sal, pimenta e um fio de azeite.
Leve ao forno durante 10 minutos.
Sirva quente com umas raspas de queijo parmesão e umas folhas frescas de manjericão.

Bolo de Cerejas com Amêndoa

Hernâni Ermida, A Cozinha do Douro Vinhateiro.
Rio de Mouro, Everest Editora: Março de 2009. p. 72

Bolo de Cerejas com Amêndoa

Ingredientes:

100 g. de manteiga amolecida
120 g. de açúcar
3 ovos
120 g. de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
40 g. de miolo de amêndoa moída sem pele
1 colher de chá de aguardente vinicola
200 g. de cerejas
Manteiga para untar
Farinha para polvilhar
Açúcar em pó (facultativo)

Ligue o forno a 180ºC. unte uma forma com manteiga e polvilhe com farinha.
Numa tigela, bata a manteiga com o açúcar até obter uma mistura lisa.
Junte-lhe os ovos, um a um e batendo sempre após cada adição e, por fim, acrescente a farinha, o fermento e o miolo de amêndoa e bata bem.
Adicione a aguardente e as cerejas - já sem caroço - e mistura bem. Verta para a forma e leve ao forno durante 40 minutos Retire depois, deixe o bolo arrefecer um pouco e desenforme-o. Se quiser, pode polvilhá-lo com açúcar em pó.

Três novas entradas na biblioteca do blog.

E porque o trabalho de recolha não termina, aqui ficam os novos livros que se juntaram recentemente à biblioteca do blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda. 
Um foi compra:

Hernâni Ermida, A Cozinha do Douro Vinhateiro.
Rio de Mouro, Everest Editora: Março de 2009
Um livro bem apresentado, com óptimas fotografias e pratos que vão desde as Entradas aos Doces, passando pelas Sopas, Peixes e Carnes. Bela aquisição.

Duas ofertas a pensar nos mais pequenos foram os livros de histórias infantis e algumas receitas da famosa Leopoldina:


Também com uma vertente generalista, podemos encontrar, de forma divertida, fácil e com linguagem clara, uma série de receitas muito apetitosas. 
Quando cá vierem os meus sobrinhos já sei com entretê-los...


segunda-feira, 22 de junho de 2020

Actualização da Biblioteca do Blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda

Listagem das obras que pertencem à biblioteca do blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda

Flognarde de Frutos Vários


Durante o confinamento provocado pelo Covid-19, a minha querida amiga Cristina Neiva Correia publicou nas suas redes sociais uma receita MARAVILHOSA e ultra simples de um doce chamado:

Flognarde de Frutos Vários

3 ovos
200 ml de leite
50 g. de açúcar
100 g. de farinha
75 g. de manteiga derretida
1 pitada de sal
Frutos vários de pequena dimensão, cortados em pequenos cubos.
Açúcar em pó para polvilhar no fim.

Dispor a fruta no fundo de um pirex untado. Bater os restantes ingredientes e deitar sobre a fruta. Não encher para além de 3/4 [três quartos] o pirex porque cresce enquanto cozinha. 
Levar ao forno a 200ºC, cerca de meia hora. A consistência é próxima de uma queijada.
No fim, polvilhar com açúcar em pó. Servir ainda quente com natas batidas ou iogurte grego.

[É em tudo semelhante ao clafoutis mas com vários frutos em vez de cerejas ou ameixas pequenas.
Eu usei nêsperas, morangos, banana e frutas cristalizadas.]

Cozinha da Quarentena

Foram, e continuam a ser, tempos estranhos os que vivemos praticamente desde meios de Março. O isolamento forçado, ou estar fechado - uns mais sós do que outros - foi um teste extraordinário à nossa capacidade de resistência, de reinvenção, de nos darmos connosco próprios ou com os que estão juntos no mesmo espaço durante tanto tempo.
No meu caso, passeia mais de mês e meio isolado sozinho, em casa. Felizmente, é uma coisa que não me custo. Consigo e sei estar comigo sem grandes conflitos de qualquer ordem.
E houve a cozinha, sempre a cozinha.
Tenho a certeza que a cozinha foi, nestes longos meses, um porto de abrigo de muitas famílias e de muitas pessoas que descobriram, redescobriram, tentaram pela primeira os prazeres da culinária. A alimentação familiar vai sair transformada desta pandemia. Foi redescoberto o prazer de se cozinhar em casa, seguindo ou não receitas, inventando ou inovando.

Como publicação da primeira mensagem pós-confinamento, deixo-vos aqui as fotos de algumas incursões culinárias da minha parte:

Pãezinhos de 1/4 hora
Suspiros
Pão de Ló de Margaride
Aletria com ovos
Bolo de Pêra (usando a receita da Tarte de Maçã)
Arroz Doce de Água
Tarte de Maça
Flognarde de frutos vários
Bôla de Chouriça
Bolo Inglês
Crema Catalana
Bôla de Carne
Eis o que foi o meu confinamento, para além das refeições diárias de almoços e jantares. 

E os meus queridos leitores e seguidores? Passaram bem este período, de forma serena e segura? Querem dar um testemunho vosso sobre como foi vivida a cozinha no vosso confinamento? Que receitas, que ajudas, que invenções, que experiências... conte-me um pouco para que fique registado. 

Grande beijo e abraço para todos e bom retorno!

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