Miquelina Martins, Cabaz de Compras nº 9 - Janeiro de 1944, p. 64 |
As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda começou por ser um repositório de receitas de família, herança das minhas Avós Helena e Eduarda. Num ápice, foi sendo aumentado o espólio documental do blog através da incorporação de outros cadernos de receitas ou livros (por doação/oferta ou compra em leilão/alfarrabista) e a pesquisa e recolha de material em livros, jornais ou revistas. Acima de tudo, este é um espaço de partilha, de carinho, de memória e de saudade. Um espaço de História.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2022
Bolo Estefânia
sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
Limonada Seca Para Viagem
Espera Marido
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
Iogurte
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
Fatias Morenas
Novas aquisições para o blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda
Miquelina Martins, Cabaz de Compras nº 9 - Janeiro de 1944 |
Maria Emília Abreu Semedo, Conservas de Frutas e Hortaliças. Colecção Educativa, Série N, nº 8: Companhia Nacional de Educação de Adultos |
segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
Prato à Italiana (macarrão para crianças!)
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
Bolo Majestoso
Aprenda a Viver Comendo Melhor, por Glicínia Quartin
(Lisboa, 19-12-1924 – Lisboa, 27-04-2006)
Glicínia Vieira Quartin iniciou a sua carreira no teatro amador, em 1951. Após várias passagens por espetáculos de companhias amadoras e de teatro televisivo, a sua estreia profissional ocorreu em 1964, no Teatro Experimental do Porto, com o espetáculo Os Burossáurios.
Ao longo da sua carreira manteve um esforço de aperfeiçoamento da sua formação, participou em vários filmes e realizou traduções de peças de teatro e livros de pedagogia. Integrou frequentemente o elenco da Cornucópia desde o seu ano de formação e recebeu vários prémios pela sua atividade profissional.
Filha do jornalista António Pinto Quartin e de Deolinda Quartin, professora do ensino primário na Escola Oficina nº 1, Glicínia frequentou a escola onde a mãe lecionava, no Largo da Graça, e aí fez teatro. Terminou o curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências de Lisboa em 1954 e especializou-se em Biologia Marítima. Em 1955, começou a trabalhar como assistente do Grupo de Investigação da Comissão Consultiva Nacional das Pescarias do Noroeste Atlântico. Foi bolseira do Instituto de Alta Cultura em estágios no Institut of Marine Research em Bergen (Noruega) e no Greenland Fishery Investigations, em Copenhaga, em 1957. Fez um estágio no Fisheries Laboratory em Lowestaft, em Inglaterra, em 1959.
A sua atividade como atriz teve início em 1951 no teatro amador, estreando-se no Teatro Experimental da Rua da Fé, em Roberto e Melisandra, de Tomás Ribas. Passou por outras companhias amadoras, como o Teatro Experimental de Lisboa, onde em 1957 interpretou Inês Pereira no auto vicentino; a companhia da Sociedade Guilherme Coussoul, onde representou Matilde em O dia seguinte, de Luiz Francisco Rebello, encenado em 1958 por Paulo Renato; e no Grupo de Teatro Popular da Caixa Económica Operária, que no mesmo ano levou à cena a peça de Rebello com encenação de Humberto d’Ávila.
Fez teatro televisivo, tendo sido dirigida por Pedro Bom, em 1952, em diversos trabalhos, como Guerras de Alecrim e Manjerona, de António José da Silva, Auto da Alma, de Gil Vicente e Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Em 1960 foi dirigida, na televisão, por Artur Ramos em Nas covas de Salamanca, de Cervantes. A decisão de romper com a carreira de bióloga para se dedicar ao teatro aconteceu em 1962, depois de protagonizar o filme Dom Roberto, de Ernesto de Sousa. Após a frequência, entre 1962 e 1964, da escola de teatro de Alfredo Farsen, em Roma, iniciou a carreira profissional, no Teatro Experimental do Porto, em 1964, no espetáculo Os Burossáurios, de Silvano Ambrogi, com tradução sua e encenação de João Guedes e, no ano seguinte, trabalhou no Teatro Estúdio de Lisboa, dirigido por Luzia Maria Martins.
Em 1966, ingressou no Teatro Experimental de Cascais, onde fez parte do elenco de A casa de Bernarda Alba, de Lorca, O mar, de Miguel Torga, e A maluquinha de Arroios, de André Brun, tendo recebido o Prémio Revelação da Casa da Imprensa, pelo desempenho da personagem D. Alzira neste último espetáculo. Entre 1967 e 1970, foi atriz na Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro e participou em vários espetáculos, como Equilíbrio instável, de Edward Albee, O pecado de João Agonia, de Bernardo Santareno e A Celestina, de Alejandro Casona, entre outros. Em 1968, entrou naquela que foi a primeira encenação em Portugal dos Dias felizes de Samuel Beckett, levada à cena pela Casa da Comédia, por proposta sua, com encenação de Artur Ramos. Pela sua prestação nesse espetáculo recebeu o Prémio Lucília Simões – Prémio Nacional de Teatro e o Prémio da Casa da Imprensa. O espetáculo foi reposto em 1970 e em 1982.
Em 1969 e 1970, frequentou o Curso de Preparação de Atores de Adolfo Gutkin, na Fundação Calouste Gulbenkian, e com Melim Teixeira, Fernanda Alves, João Mota, Mário Jacques e Manuela de Freitas, fundou Os Bonecreiros (Teatro Laboratório de Lisboa), em 1970. No ano seguinte, com Artur Ramos e Rogério Paulo fundou o Teatro do Jovem Espectador, onde se estreou como encenadora, em Emílio e os detectives, de Erich Kästner, levado à cena no Teatro Villaret. Nesses dois anos participou também em espetáculos do Grupo de Acção Teatral. Em 1972, frequentou a Escola Piloto para a Formação de Professores de Educação pela Arte, no Conservatório Nacional, onde foi professora. Nesse ano, pela sua prestação em As criadas, de Jean Genet, encenado por Vítor Garcia, recebeu o Prémio Lucília Simões – Prémio Nacional de Teatro e, com as atrizes Eunice Muñoz e Lourdes Norberto, o Prémio de Interpretação da Casa da Imprensa. Em 1973, Jorge Silva Melo e Luís Miguel Cintra fundaram o Teatro da Cornucópia, convidando-a a participar no espetáculo de estreia, O misantropo, de Molière, tendo a seguir participado também em O terror e a miséria no III Reich de Brecht em 1974, Pequenos burgueses, de Gorki, em 1975 e, no ano seguinte, Ah Q, de Jean Jourdheuil e Bernard Chartreux. Colaborou regularmente com esta companhia até ao fim da sua carreira, em 2004.
Em 1976, fez o estágio New Music in Action, na Universidade de York. Continuando a colaborar com o Teatro da Cornucópia, trabalhou também com a Companhia Nacional 1, Os Cómicos e a Casa da Comédia na última metade dos anos 70 e nos anos 80. A partir de 1996, repartiu-se entre trabalhos na Cornucópia e nos Artistas Unidos, estreando-se nesta companhia em O fim ou Tende misericórdia de nós, de Jorge Silva Melo. Nesse ano, foi nomeada para o Prémio Bordalo, da Casa da Imprensa. Em 2004, o último ano em que esteve profissionalmente ativa, foi galardoada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, por Jorge Sampaio.
Para além do teatro, Glicínia Quartin trabalhou também para a televisão e para o cinema, fazendo parte do elenco de filmes de José Ernesto de Sousa, Rogério Ceitil, José Álvaro de Morais, Jorge Silva Melo, João Botelho, Solveig Nordlund, Manuel Mozos, Luís Filipe Rocha, Jeanne Waltz e Manoel de Oliveira, entre outros. Traduziu também peças de teatro e livros de pedagogia, questão que sempre a interessou. Em 2004, Jorge Silva Melo realizou uma entrevista filmada a Glicínia Quartin: Conversas com Glicínia.
No bairro da Ameixoeira, em Lisboa, existe, desde 2009 uma avenida com o nome da atriz.
Fonte: Instituto Camões
quarta-feira, 5 de janeiro de 2022
Turrón de Agramunt (para los Reyes Magos)
Porque hoje é a Noite de Reis, fica a simplicidade de Pedro Homem de Mello:
Presépio
"Duas tábuas...
E era um berço!
Tudo escuro...
E alumiava!
Estaria Deus lá dentro?
Fomos a ver...
E lá estava!"
E uma receita em espanhol que, não sendo propriamente típica apenas desta noite, é-o do tempo do Natal onde os Reis Magos também se incluem.
Maria Mestayer de Echagüe: Enciclopedia Culinaria Confiteria y Reposteria. Espasa Calpe, S. A., Madrid: 2007 |
Para diferenciarse de los turroneros valencianos, los de Agramunt se vestían de payés catalán y las mujeres iban tocadas con un pañuelo de seda blanco. En el pueblo se realizaban tres ferias anuales que tenían lugar entre la plaza Mayor y la del Mercadal. La Guerra Civil y los problemas de racionamiento posteriores perjudicaron a los turroneros, que no encontraban las materias primas, y así muchas familias dejaron el oficio, mientras que otras siguieron trabajando en pequeños obradores que han llegado a ser empresas consolidadas.
La zona de elaboración y almacenaje abarca el término municipal de Agramunt, en la comarca del Urgell. Este turrón se presenta en tabletas redondas o rectangulares cubiertas por los dos lados por obleas. Se elabora con avellanas o almendras, azúcar, clara de huevo y miel. Tiene un color dorado y es frágil y crujiente.
Su éxito se debe a la calidad de las materias primas y al hecho de elaborar el producto siguiendo la tradición. Las avellanas son de la clase negretes de Reus, mientras que las almendras se recogen en el propio municipio. La miel es uno de los ingredientes clave y más delicados. Hace unos años, muchos turroneros eran también apicultores y utilizaban su propia miel. Ahora los turroneros se dedican a este oficio en exclusiva y la miel se compra fuera del municipio. Las claras de huevo batidas a punto de nieve y mezcladas con la miel son indispensables para obtener el color blanquecino que caracteriza al turrón, ya que la miel cocida oscurece el producto. La incorporación del azúcar o el jarabe de glucosa se realiza en función de la textura que quiera obtenerse; a veces incluso se excluye de su composición. Antiguamente las obleas se elaboraban con harina amasada sin fermentar, cocida entre dos planchas para obtener unas hojas planas y muy delgadas. Actualmente se hacen con almidón de maíz.
Más de la mitad de la masa del turrón está formada por frutos secos, tostados, dejados enfriar y pelados. Se cuecen con la miel, el azúcar y las claras de huevo frescas o en polvo. La masa se mezcla hasta obtener el punto de cocción evitando los grumos. Finalmente, se cortan porciones de la masa, se modelan con la forma tradicional y se colocan entre las obleas.
En el año 1989 se realizó la I Fira del Torró, organizada por el Ayuntamiento de Agramunt, tres años más tarde, y debido al incremento de torronaries, la feria se instaló en el pabellón polideportivo, que ofrecía más capacidad. Desde entonces, cada 12 de octubre se celebra la Fira del Torró i la Xocolata a la pedra, que congrega más de 50.000 personas de toda Cataluña e incluso del resto del Estado. El año 2000 se presentó públicamente la IGP del turrón de Agramunt."
segunda-feira, 3 de janeiro de 2022
Caramelos de Chocolate e Creme e o racionamento de alimentos!
domingo, 2 de janeiro de 2022
Era Tormes e amanhecia: Dicionário gastronómico cultural de Eça de Queiroz
Dário Moreira de Castro Alves: Era Tormes e amanhecia: dicionário gastronómico cultural de Eça de Queiroz. Edição Livros do Brasil - Lisboa: 1992. 2 volumes. |
sábado, 1 de janeiro de 2022
Sopa de Cerejas do livro Cozinha das Famílias (1913)
A Cozinha das Famílias. Lisboa: Manuel Lucas Torres, 1913 (Enciclopédia para todos, n. 3) |
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