terça-feira, 23 de maio de 2023

Creme de Vinho Fino


 Creme de Vinho Fino
 
Batem-se 3 gemas com uma chávena de açúcar muito bem batidas, depois junta-se-lhe um cálice de vinho do Porto e torna-se a bater. Vai ao lume para engrossar e depois de frio juntam-se as claras que devem estar bem batidas em nuvens e torna a bater-se tudo um bocado.

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Petisco


 Petisco
 
Bata-se duas gemas de ovos com açúcar, uma colher de farinha triga, canela e sumo de limão. Mistura-se depois [com] tudo isto já batido duas claras levantadas e deita-se num prato que vai ao forno pouco tempo.

sábado, 20 de maio de 2023

Bolo de Cozinha (Gateau de Cusine)

Livro útil - Tratado de Cozinha, Amélia de Lobão de Macedo Chaves de Oliveira.
2ª edição. Editora: Famalicão, Tipografia Minerva. Pág. 336

 Bolo de Cozinha
 Gateau de Cusine
 
Cinco ovos com clara, meio arrátel [cerca de 250 gramas] de farinha, uma quarta [cerca de 125 gramas] de manteiga e três quartas [cerca de 375 gramas] de açúcar.
Batem-se os ovos muito bem em seguida junta-se-lhe o açúcar, volta a bater-se de novo, e junta-se-lhe a farinha e a manteiga derretida, juntam-se as raspas de casca de limão e vai a cozer ao forno numa forma untada de manteiga, e estando frio serve-se partido às talhadas.
Também se pode cozer em forminhas pequenas de cakes, servindo-se então inteiros.

Dicionário:
- Do Do Comer e do Falar... Tudo Vai do Começar, de Ana Marques Pereira e Maria da Graça Pericão:
Quarta: Antiga medida, uma das quatro partes da unidade; correspondia à quarta parte do arrátel (cerca de 125 gramas).
Arrátel: Antiga medida de peso correspondente a 459 gramas. Equivalia a 16 onças ou a uma libra.
 
Existe uma outra receita de Bolo de Cozinha aqui: https://asreceitasdaavohelena.blogspot.com/2021/10/bolo-de-cozinha.html

terça-feira, 16 de maio de 2023

Matrafões


 Matrafões
 (Avó Arminda)
 
12 ovos inteiros
500 gr. de açúcar
1 chávena de café de óleo ou azeite quente
500 a 650 de farinha
2 colheres de chá (ou apenas 1 em caso da farinha já levar fermento) de Baking Power
1/2 [meia] chávena de café de aguardente.

Batem-se muito bem com a batedeira os ovos e o açúcar. Seguidamente, a pouco e pouco, junta-se o azeite. Depois, a aguardente.
Continuamos a bater durante um bom bocado. Depois, junta-se a farinha e o fermento. A farinha em quantidade necessária para que se possam tender com as mãos.
Amassa-se então, muito bem até que se possa fazer uma bola com a farinha (massa) e esta fique um pouco rija.
Finalmente, faz-se um rolo comprido, e vai-se cortando pequenas porções na diagonal nas quais se fazem uns rabichos com a faca. 
Polvilha-se um tabuleiro com farinha e colocam-se dentro os bolos, os quais se pincelam com gema de ovo e se polvilham de açúcar.
Levam-se a forno bem quente, entre 10 minutos ou 1/4 [um quarto] de hora.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Novas Aquisições: História Global da Alimentação Portuguesa; Las Recetas del Hambre. La comida de los años de posguerra; À Volta da Mesa - Os Alquimistas do Prazer


A.A.V.V., Coord. Isabel Drumond Braga: História Global da Alimentação Portuguesa.
Editora Temas e Debates. Lisboa: 2021

 
Foi uma das obras mais aguardadas deste início de ano e será, seguramente, um dos êxitos de venda de 2023. Um livro hercúleo, com direcção de José Eduardo Franco e coordenado por Isabel Drumond Braga, contando com  cerca de 70 autores e mais de cem textos. Nomes como João Pedro Gomes, Guida Cândido, Paulo Drumond Braga, Anabela Ramos, Maria Alexandre Lousada, Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, Inês de Ornellas e Castro, Irene Vaquinhas e tantos tantos outros. 
É uma obra cuja apresentação ficará sempre aquém. Ali está descrita toda a nossa Identidade, todo o nosso ADN.


David Conde e Lorenzo Mariano: Las Recetas del Hambre. La comida de los años de posguerra.
Editorial Planeta: Crítica. Barcelona, Maio de 2023

Do país vizinho chegou-me este maravilhoso e comovente livro: As Receitas da Fome, de David Conde e Lorenzo Mariano, com ilustrações de José Carlos Sampedro. 
Espanha sofreu um longo período de racionamento - decretada a 28 de Junho de 1939, com a fixação das quantidades a serem entregues às famílias (com imensas e chocantes nuances), até 1952. O País viveu uma Guerra Civil e os efeitos da II Guerra Mundial (nesta, também em Portugal foi imposto o racionamento). 
O que é comovente neste livro, para além da enorme sensibilidade e do bom gosto na não exploração do choque e da desgraça, são os testemunhos recolhidos em tantas fontes e junto de tantas pessoa que, como é habitual, viveram de forma diferente este longo período, com relatos verdadeiramente impressionantes, muitos inimagináveis. Mas, para além disto, há o rigor na pesquisa histórica, a escrita - ora dura, ora sensível - como nos apresentam a vida nestes longos anos, os acontecimentos históricos mais marcantes e a certeza de que coube essencialmente à mulher o ónus da sobrevivência:
 
"Fueron las mujeres quienes capearon como pudieron el temporal del hambre. En un país asolado por la reciente guerra civil y estando muchas de ellas solas o viudas, asumieron el papel no solo de proveer alimentos (en las colas del racionamiento, en los campos de labranza o empleándose donde podían) sino también, tal y como mandaban los cánones femeninos tradicionales, de prepararlos y servirlos."

Nenhuma das partes dedicadas às "receitas da fome" propriamente ditas nos são dadas sem um enquadramento histórico e antropológico. Estas receitas dividem-se em: Los desayunos, Los almuerzos, Las Cenas, Las comidas festivas y, cuando se podía, los postres, Los panes e uma secção também muito interessante intitulada Las otras recetas, gastronomía de vencedores... porque a história tem sempre, pelo menos, dois lados.
Recomendo viva e entusiasticamente este livro. Disponível pela Amazon.
 
A.A.V.V. À volta da mesa - Os alquimistas do prazer. Edição IEFP. Lisboa: Junho de 2004

Este é um livro muito interessante, de Junho de 2004 e editado pelo IEFP. Tem consultoria de Maria de Lourdes Modesto, Maria António Goes e Maria Proença e textos de, para além dos referidos anteriormente, Celina Bastos, Isabel do Carmo, Maria Antónia Ficalho Conde, Miguel Esteves Cardoso, Maria José Palla, entre muitos outros.

E porque muitas vezes um índice vale mais do que qualquer explicação, aqui fica:
 

 Boas Leituras!

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Bolo de Londres


 Bolo de Londres
 
Em meio kilo de açúcar em ponto de pérola deitam-se 60 gr. de amêndoa bem pisada e deixa-se ferver por espaço de 2 minutos; tira-se o tacho do lume e deixa-se arrefecer um pouco. Em seguida mistura-se com uma colher (de sopa) de manteiga, 12 gemas de ovos e uma só clara batida de nevada, nas quais se desfaz uma colher (de sopa) de farinha de trigo, de modo que fique tudo muito bem desfeito; junta-se tudo isto, neste estado com o açúcar e a amêndoa e mexe-se muito bem, ficando assim a massa preparada para se poder deitar nas formas que devem ser pequenas latas, as quais devem ser primeiro untadas com manteiga e devem ficar pouco mais de meias de massa que se polvilha de farinha de trigo para se não tostar demasiado. Neste estado metem-se no forno que não deve estar demasiado quente. Depois de cozido devem voltar-se as latas na tábua polvilhada com açúcar e canela, em porção bastante para que fiquem com uma camada que as enxugue.

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