Alda de Azevedo, Cozinheira Ideal, Livraria e Editora Civilização, 3ª Edição, 1943,
pág. 33 (Menú de 01 de Janeiro) |
As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda começou por ser um repositório de receitas de família, herança das minhas Avós Helena e Eduarda. Num ápice, foi sendo aumentado o espólio documental do blog através da incorporação de outros cadernos de receitas ou livros (por doação/oferta ou compra em leilão/alfarrabista) e a pesquisa e recolha de material em livros, jornais ou revistas. Acima de tudo, este é um espaço de partilha, de carinho, de memória e de saudade. Um espaço de História.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
Menu para 1 de Janeiro: Pregado Frito, Bifes à Inglesa, Salada de Alface, Canja de Peru, Solha com Molho de Manteiga Branca, Peru Assado, Pudim de Pão
Livro: Saberes e Sabores do Concelho de Ferreira do Zêzere e Livro: O Fascínio dos Licores
Maria Augusta Correia de Nóbrega: O Fascínio dos Licores. Edição da Autora: Funchal - 2002 |
Um livro muito muito curioso. Quase um manual de botica. São centenas e centenas de receitas, mezinhas e glorificação das plantas que a natureza nos dá, divididas por quatro capítulos fundamentais:
terça-feira, 14 de dezembro de 2021
Bolo de Vila Nova
segunda-feira, 13 de dezembro de 2021
Saltaricos
quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
Bolo de Viana do Alentejo
quarta-feira, 8 de dezembro de 2021
Açúcar para cobrir cavacas ou qualquer outro bolo
O Confeiteiro Prático Português, de Jeronyma Catharina, Bertrand: 1908. P. 179 |
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
Enganos de Senhora (ou uma outra forma de Suspiros!)
Em 500 grs. de açúcar em rama [dito "bruto"] e bem seco batem-se com uma colher, num alguidar, 5 claras até engrossar e branquear, juntando-lhe em seguida e pouco a pouco, mexendo sempre, 375 grs. de amêndoa ralada bem fina. Preparadas as latas com folhas de papel branco, se vai deitando nelas a massa com uma colher pequena e se levam ao forno brando. devem ficar bem espaçadas nas latas, porque crescem muito.
[No fundo, é uma outra forma de fazer suspiros.]
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
Hoje fomos até à TVI falar do Pantagruel e de Rosa Bertha-Limpo
quinta-feira, 2 de dezembro de 2021
Doação de JMA - ABC da Cozinha, Les Bonnes Recettes du Jardin des Modes, Caderno Manuscrito e receita de Pudim de Coco
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
Aletria(s)
Cozinha do Mundo Português: 1001 receitas experimentadas, por M. A. M, Livraria Tavares Martins, Porto: 1962 |
(Minho e Douro)
Amália: Palmas como pão para a boca - Receitas e Outras Histórias, Flávio Furtado. Bookmen. Lisboa: Novembro de 2021 |
Novas aquisições: Cozinha do Mundo Português e Amália: Palmas como pão para a boca - Receitas e Outras Histórias
Cozinha do Mundo Português: 1001 receitas experimentadas, por M. A. M, Livraria Tavares Martins, Porto: 1962. |
Pretendendo abarcar todo o território de expressão portuguesa, encontramos receitas antigas mas também receitas brasileiras, receitas de Portugal por províncias, receitas angolanas, de Cabo Verde, Guiné, Índia, Macau, Moçambique, S. Tomé e Timor.
Amália: Palmas como pão para a boca - Receitas e Outras Histórias, Flávio Furtado. Bookmen. Lisboa: Novembro de 2021 |
A Aletria da Amália |
segunda-feira, 15 de novembro de 2021
Novo livro e receita de Travessos
domingo, 7 de novembro de 2021
Bolo do Céu
sábado, 6 de novembro de 2021
Palitinhos de Laranja
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
Bolo de Cozinha
Bolo de Cozinha
segunda-feira, 25 de outubro de 2021
Novo livro de receitas manuscritas que abre com um Bolo Anónimo!
sexta-feira, 22 de outubro de 2021
Biscoitos de Anjo
Vida mundial ilustrada : semanário gráfico de actualidades Ano 4, 27 de Julho de 1944 - p. 21 |
Biscoitos de Anjo
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
Arroz Chau-Chau de Adília Lopes
domingo, 10 de outubro de 2021
Cañas Zamoranas
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
À Portuguesa: Receitas em Livros Estrangeiros até 1900
sábado, 18 de setembro de 2021
Ovos com Molho de Tomate
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
Dante, Vergílio e a invenção da pizza, por Frederico Lourenço
Dante, Vergílio e a invenção da pizza
Faz hoje (dia 13) ou amanhã (dia 14) 700 anos que Dante Alighieri morreu. Dante teve o bom gosto de morrer no mesmo mês em que morreu o seu maior ídolo, o poeta romano Vergílio – que é, também, o meu maior ídolo. Sabemos como, na «Divina Comédia», Dante encena (durante praticamente dois terços da obra) um diálogo espantoso com o génio romano que morrera a 21 de setembro de 19 a.C. Eu adoraria, também, conversar com Vergílio: de todos os génios do meu panteão (onde Dante ocupa lugar de honra, juntamente com Homero e Luís de Camões), aquele que eu mais gostaria de conhecer, com quem eu mais adoraria privar, seria Vergílio. E a primeira coisa que eu lhe perguntaria (se, como a Dante, me fosse dada a oportunidade de com ele dialogar) seria uma pergunta muito simples: «inventaste a pizza?»
No Livro 7 da Eneida, há uma passagem imensamente fascinante. Os refugiados Troianos, acabados de chegar ao Lácio, entram pela foz do Tibre adentro e, cansados, atracam as naus junto de uma ribanceira atapetada de relva. Vergílio já tinha descrito a beleza da foz do Tibre; já tinha descrito o encanto das aves que «habituadas às margens e ao leito do rio, / o ar acariciavam com canto» (Eneida 7.32-34). Tinha-nos referido o Tibre como «rio umbroso» (7.36), cheio de árvores em ambas as margens.
Cansados, os Troianos «descansam os corpos sob os ramos de uma árvore alta» (7.108). Ajeitam a pouca comida que têm na relva, para fazerem um piquenique (ou, como se diria em francês, um «déjeuner sur l’herbe»). Não têm mesas; não têm travessas/pratos que possam segurar a comida. Então lembram-se pôr a comida em cima de «bolos farinhosos» (em latim «adorea lita», plural neutro); a comida é tão pouca que têm de a aumentar («augent» 7.111) com frutos silvestres, que espalham por cima.
Finda a refeição, estão ainda cheios de fome. E têm então a excelente ideia de comer a base farinhosa que tinham usado como prato/travessa/mesa. Assim nasceu a pizza? Se descontarmos coisas como forno (de que, naquela situação, eles não dispunham) e tomate (que viria para Itália muitos séculos mais tarde das Américas), quem sabe?
Interessantes são as perífrases que Vergílio usa para referir a base feita de farinha, sobre a qual eles colocam os outros alimentos (acabando eles, como eu disse, por comer a própria base).
A primeira expressão é «chão de Ceres» (7.111). Depois há uma pequena variação, em que o nome da própria deusa Ceres (deusa dos cereais) é usado, por metonímia, para designar a base da «pizza», na expressão «Ceres exígua» (7.113). Mas a expressão mais interessante – que nos leva mesmo a visualizar a base de uma pizza – é «círculo de crosta fatal» (em latim «orbem / fatalis crusti» 7.114-115). Fatal – é claro – no sentido de algo que tem o beneplácito dos Fados. Porque tinha sido profetizado aos Troianos que eles saberiam que tinham chegado a Itália quando tivessem de «comer as mesas» da refeição.
Com tanta fome, eles comem as «mesas». E Ascânio, filho de Eneias, exclama «ena, até as mesas comemos!» (em latim «heus, etiam mensas consumimus!» 7.116). Eneias ouve as palavras do filho e fica «stupefactus» (7.119): caiu a ficha. Itália!
Curiosamente, a expressão já referida «adolea liba» pressupõe que a farinha usada é de espelta (pois «ador, adōris» em latim é uma palavra para espelta). Quanto ao «libum» propriamente dito, Catão, no tratado «De agricultura» (75), dá-nos uma receita: começa-se por esmagar queijo (num almofariz?), depois juntam-se farinha e ovos. Não faz muito sentido como base de pizza; parece mais uma queijada.
Mas a necessidade é a mãe da invenção, como se costuma dizer. Duvido que os Troianos, em tal «penuria» (7.113) tivessem queijo e ovos à disposição; certamente, a massa do «libum» terá sido feita só com farinha de espelta e água. Com topping de frutos silvestres: temos a primeiríssima pizza.
Dante, como se sabe, fala muito mal (no «Inferno») dos glutões que viveram obcecados com comida; mas no «Paradiso», refere de modo positivo o «pan de li angeli» (2.11), do qual os habitantes do Céu se alimentam. Em toda a obra de Vergílio, nunca ocorre a palavra latina «panis», o que talvez, para Dante, possa ter sido mais uma razão para o excluir do Paraíso.
Mas atendendo a que Vergílio inventou a pizza? Que paraíso essa ideia fabulosa não proporcionou a milhões de nós?!
13/14 de Setembro. Dante. Vergílio. Sempre.
Texto de Frederico Lourenço, retirado da sua página de Facebook.
Bolos Cobertos à Moda de Vouzela
Maria João, Petiscos & guloseimas: o livro de ouro da cozinha. Lisboa: Fernando Pereira, imp. 1979. p. 440 |
quinta-feira, 9 de setembro de 2021
Presunto à Beirôa
AAVV. Cozinha Portuguesa ou Arte Culinária Nacional. Imprensa Académica, Coimbra: 1902 - p. 37 |
terça-feira, 7 de setembro de 2021
Gratin de Atum
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
Um, Dois, Três, Quatro (Queques)
Bento da Maia, Manual de Cozinha e de Copa. Lisboa: Guimarães Editora: D. L. 1959. p. 152 |
segunda-feira, 30 de agosto de 2021
Bolo Sem Ovo Guarnecido de Bananas
domingo, 29 de agosto de 2021
Dining With The Tsars: Fragile Beauty From The Hermitage e Crème Pâtissière
Dining With The Tsars: Fragile Beauty From The Hermitage, Hermitage Amsterdam, 2014 |
segunda-feira, 23 de agosto de 2021
Fuzis de Águeda do livro 'A Arte de Cozinhar de Águeda'
A Arte de Cozinhar de Águeda, coord. Uiara Martins. Edições ANATA: 2021 |
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