quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Trufas de Chocolate

 Trufas de Chocolate

Dissolva 100 gr. de chocolate em banho-maria com 100 gr. de açúcar inglês, e 50 gr. de cacau. Deixe arrefecer e junte 100 gr. de Vaqueiro cortada em bocadinhos e 1 gema de ovo.
Faça bolinhos do tamanho duma noz, passe-as por cacau e sirva em caixinhas de papel frisado.

Menús de Outrora

Num dos livros de receitas manuscritas que foi arranjando por aí, entre leiloeiras e alfarrabistas, encontrei este menú de um casamento acontecido na Quinta da Fonteireira, a 15 de Agosto de 1966, e servido pela maravilhosa casa Benard, de Lisboa, ainda hoje em funcionamento em plena Rua Garrett, no Chiado.
 
Segundo pesquisas efectuadas, consegui apurar que se trata do casamento de "D. Maria da Conceição Ulrich Pinto Basto, Senhora da Quinta da Fonteireira, casou-se na Capela dessa Quinta, a 15 de Agosto de 1966 com Rui Gonçalo José Eduardo de Sousa do Vale Peixoto e Vilas, 5.º Senhor da Casa da Guilhomil, do qual teve quatro filhos". 

D. Maria da Conceição Pinto Basto era filha única de António Gomes da Silva Pinheiro Ferreira Pinto Basto, político e empresário português, com Maria Luísa do Casal Ribeiro Ulrich.

Arroz de Tomate (em quantidade incerta), poema-receita de Ana Luísa Amaral


 Muito obrigado FAD!

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Singelezas

 Singelezas

 
Deitem-se em uma terrina 300 gr. de açúcar, juntem-se-lhe 4 ovos e meia casca de limão ralada, bate-se tudo por espaço de vinte a vinte e cinco minutos.
Logo que a massa estiver bem lisa, deite-se em formazinhas de folha, untadas com manteiga e polvilhadas com fécula de batata, salpique-se de açúcar em pó, e leve-se a um forno moderado.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Arroz de Bom Bocado

Arroz de Bom Bocado

Meio quilo de açúcar em ponto baixo, juntam-se-lhe 125 g. de arroz cozido em água e escoado por um peneiro e ferve algum tempo. Junta-se-lhe um pau de canela.
Tira-se do lume e mistura-se-lhe 12 ou 15 gemas e volta a ferver para tomar ponto, mas mexendo sempre.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Bolinhos d'Amor


Bolinhos d'Amor
 
Põe-se 250 gr. de açúcar em ponto de espadana, e logo se lhe deita outras 250 gr. de amêndoa bem pisada. Depois de ferver bastante tira-se do lume, e em esfriando juntam-se-lhe 8 gemas de ovos batidas e 2 pitadas de canela e misturando-se tudo bem, volta depois ao lume para ferver mais um bocado, não esquecendo mexer sempre, tira-se do lume, e logo que a massa arrefeça, fazem-se os bolinhos pondo-se em latas pulverizadas de farinha, vão ao forno a alourar.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Ovos Esfarrapados

 

 Ovos Esfarrapados
 
Se tiver um pedaço de carne, bacalhau ou outro peixe cozido, desfie-o o melhor que puder com um garfo. Em seguida deite-lhe ovos batidos, tantos quantos lhe parecerem necessários, salsa e cebola picadas, sal e pimenta. Depois de muito bem misturado e batido, deite tudo numa frigideira que já deve estar ao lume com azeite a ferver.
Mexem-se muito bem os ovos, que se não deixam passar demasiado. Tiram-se então do lume e servem-se acompanhados de batatas fritas.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Arroz Doce de São Tomé (retirado do livro Cozinha e Doçaria do Ultramar Português)

Cozinha e Doçaria do Ultramar Português: Coordenação de M. A. M.
Agência-Geral do Ultramar. Lisboa: 1969

 
Emprestaram-me este livro, que conhecia de capa embora não fazendo parte da Biblioteca do Blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda, e achei interessante digitalizar as receitas de Doces dos países que anteriormente fizeram parte da nossa geografia ultramarina.
Aqui fica um livro que pretenderei adquirir assim que encontrar um exemplar.
 
Inicio a amostra com uma espectacular receita de Arroz Doce de São Tomé e Príncipe:

Cozinha e Doçaria do Ultramar Português: Coordenação de M. A. M.
Agência-Geral do Ultramar. Lisboa: 1969. p. 31

Arroz Doce de S. Tomé


 Arroz, 125 gramas; açúcar, 500 gramas; polpa de côco ralada, 50 gramas; gemas de ovos, 20.
 
Põe-se o açúcar ao lume com um pouco de água e quando em ponto de pasta junta-se o arroz já cozido em água, que deve estar bem tenro mas inteiro e seco. Deixa-se ferver um bocadinho, acrescenta-se-lhe o côco ralado, e quando o açúcar volta a ponto de pasta retira-se do lume. Deixa-se esfriar um pouco adicionando-se-lhe as gemas batidas e volta ao lume a cozer os ovos (sem ferver) até ficar com a consistência de "ovos moles".

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Castanhas de Ovos

 

 Castanhas de Ovos
 
 Um arrátel (459 gramas) de açúcar em ponto de pasta, deixa-se esfriar um pouco, e juntam-se-lhe 24 gemas de ovos batidos e mexe-se sempre sobre o fogo, para não queimar; em estando bem sólido, em consistência de se poderem tender as castanhas, tira-se do fogo e fazem-se nas palmas das mãos bem untadas com manteiga, arrumam-se em latas untadas, e fazem-se uns risquinhos com os dentes dum garfo, e com um pincelinho se cobrem com gema de ovo.
Quem quiser juntar ao açúcar meio arrátel (c. 230 gramas) de amêndoas bem pisadas e deixa-se ferver-se por um bocado, antes do ponto ter subido muito.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Guida Cândido, A Vida Secreta da Cozinha Portuguesa

Guida Cândido, A Vida Secreta da Cozinha Portuguesa.
Lisboa: Publicações Dom Quixote. Abril de 2020. 1ª Edição

 
 Guida Cândido, "autora de livros, artigos científicos e publicações na sua área de investigação, nomeadamente A nossa mesa: receituário gastronómico da Figueira da Foz; Coração, Cabeça e Estômago: uma tertúlia figueirense e, mais recentemente, Five Centuries of Portuguese Cuisine e Cinco Séculos à Mesa e Comer Como Uma Rainha, acaba de lançar mais um extraordinária obra intitulada: A Vida Secreta da Cozinha Portuguesa: Como nasceram os pratos tradicionais portugueses.

Ao longo de perto de 300 páginas, somos levados pelo que temos, enquanto Povo, de mais reconhecível no imaginário gastronómico português. 
 
Numa linguagem clara, despida de floreados, Guida Cândido contextualiza, descreve, aponta direcções, suposições e certezas. Ao longo de perto de 300 belíssimas páginas, com um suporte documental e de investigação sério e reflectido, somos levados a provar, em garfadas saborosas, a história das Ameijôas à Bulhão Pato, mas também das Sardinhas; somos metidos numa máquina do tempo até às Pataniscas de Bacalhau do Séc. XVIII ou ao Bacalhau à Gomes de Sá de 1949; à beira-rio apanhamos Lampreias ou vamos ao açougue para arranjar o necessário para fazermos um Cozido à Portuguesa ou o 4 vezes secular Ensopado de Borrego; das velhas quintas portuguesas, e em épocas da Matança do Porco, ficamos a saber porque há Carne de Porco à Alentejana ou porque o Leitão Assado já é tradição desde o séc. XVII; mas nisto há quem não goste de matar mas não diga que não a uma Cabidela de Setecentos, antecedida por um Caldo Verde ou umas Favas Guisadas; para os que não gostam de Cabidela, propõe-se o Arroz de Camarão à moda de 1715 ou o madeirense Milho Frito. No fim, e falando em doces, a variedade também não acaba: Aletria, Arroz-doce, Bolo-Rei - o Natal já espreita - o Leite-creme ou os Pastéis de Nata, entre muitas outras soluções.

Todos estes pratos têm a sua História, a sua origem, a sua marca regional. Guida Cândido ensina-nos tudo isso e dá-nos a receita bem actualizada e acompanhada por espectaculares fotografias ou não fosse a Guida uma mulher de gosto requintado e uma food stylish/fotógrafa de excepção.

É um livro, sem qualquer reserva, a comprar e a ler... porque os olhos, definitivamente, também comem!

Pão de Ló


Pão de Ló
 
250 gramas de açúcar
250 gramas de farinha triga
12 ovos inteiros, muito bem batidos com o açúcar, depois junta-se-lhe a farinha, logo se untão levemente formas com manteiga, e vai ao forno, calor regular, experimentando-se com um pauzinho quando está cozido.
Quem quiser bota raspa de limão, ou pitada de canela,
 
Este bloquinho de receitas foi redescoberto, entre outra tanta papelada, na casa dos meus bisavós e avós maternos.

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