quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Quindins


Quindins

12 gemas
3 claras
50 gr. de açúcar
1 côco ralado
1 colher das de sopa de manteiga
1 colher das de sopa de farinha de trigo
1 pitada de sal

Batem-se as gemas com as claras e, depois de bem batidas bota-se o açúcar, a manteiga, a farinha e o côco ralado.
Vaza-se o preparado em formas untadas, e leva-se ao forno a cozer. Depois de tiradas põem-se em formas de papel.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Doce de Castanhas

Compotas de Frutas, Geleias e Marmeladas, por Aguilar Lozano, 
Porto: Livraria Civilização. 1996 - p. 19


Doce de Castanhas

Porções:
5 quilos de castanhas, 5 quilos de açúcar e duas vagens grandes de baunilha.
Cozem-se as castanhas em água salgada, dando-lhes previamente um corte fundo. Pelam-se e passam-se por peneira. À parte faz-se uma calda um pouco espessa, deita-se dentro o puré de castanhas e a baunilha e deixa-se cozer lentamente durante meia hora, mexendo sempre. Quando está espesso e um pouco frio, mete-se em vasilhas.

Receitas do Convento dos Cardaes, de Graça Sá-Fernandes

Receitas do Convento dos Cardaes, por Graça Sá-Fernandes, Lisboa, Abril de 2015. Editorial Althum.com


De há uns anos a esta parte que, chegado o mês de Dezembro, há uma autêntica romaria dos lisboeta para a Rua do Século. A razão é simples: abrem-se as portas do magnifico Convento dos Cardaes para um mês de excelentes iguarias, quer em frascos e saquinhos na sua venda de Natal, quer sentados à mesa a saborear um almoço, brunch ou lanche, sempre com a supervisão da incansável Irmã Ana Maria Vieira.

Este livro, de uma simplicidade e bom gosto a par com o Convento, divide-se entre as receitas do Convento - Entradas e Acompanhamentos, Sopas, Peixes, Aves e Carnes, Bolos e Doces, Compotas, Conservas e Licores, - que não raras vezes nos são servidas - e uma segunda parte intitulada Jantares com Chefs. 
É um livro para se usar... ler e comer! Excelente prenda de Natal. À venda na loja do Convento dos Cardaes por €17.

Sobre o Convento dos Cardaes, aqui fica a Irmã Ana Maria com Paula Moura Pinheiro, no programa Visita Guiada: https://www.rtp.pt/play/p2366/e241334/visita-guiada

Novas Aquisições


Novas aquisições para a Biblioteca do Blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda.

Bolachas Alfacinhas


O Tesouro do Lar - Receituário Doméstico: Lisboa - Editorial Minerva s/d. p. 153

Bolachas Alfacinhas

Amassam-se, numa vasilha vidrada: 150 gramas de açúcar, 30 gramas de manteiga derretida, 13 ovos, o suco de 2 limões, uma colher, das de chá, de canela, e farinha de trigo flor, até formar massa consistente. Estende-se a massa, depois de bem batida, em uma camada muito fina, cortam-se as bolachas com formas de folhas, dispõem-se num tabuleiro e vão ao forno a cozer.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Pudim de Pão dos Açores

Margarida Noémia, Selecção Culinária, Vol. III. Lisboa: Publicações Mocho, 
Junho de 1981, p. 877

Pudim de Pão dos Açores

Escalda-se o miolo de um pão com meio litro de leite a ferver. Deixa-se embeber bem, antes de lhe juntar duzentas e cinquenta gramas de açúcar, uma colher, das de chá, de manteiga, dois ovos, casca de um limão ralado, passas, canela a gosto, misturando bem.
Leva-se ao forno em forma untada de manteiga.

(Receita oferecida pela prima Maria Fernanda, retirada de
um velho livro de sua mãe)

Arroz de Chocolate

Irene Vizi, Cozinha no Lar. Edição Unibolso Duplo, Lisboa: 1975, p. 190

Arroz de Chocolate

1 litro de leite
125 g. de chocolate
65 g. de açúcar em pó
50 g. de manteiga fresca
200 g. de arroz
Chantilly

Lava-se o arroz e enxuga-se.
Põe-se ao lume a ferver o leite e o chocolate ralado; logo que comece a ferver, deitam-se o arroz, o açúcar e a manteiga. Cobre-se e deixa-se cozer em lume muito brando.
Estando cozido o arroz, passa-se uma forma de pudim, com buraco no meio, por água fria, vaza-se para dentro a mistura e guarda-se em lugar frio para esfriar.
Tirando da forma, enfeita-se com chantilly.

Cozinha no Lar, de Irene Vizi e Selecção Culinária, de Margarida Noémia



Duas novas aquisições para a biblioteca do Blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda. 

Da Irene Vizi, figura algo misteriosa para mim, o livro Cozinha no Lar. Publicado em 1975, em Lisboa, pela Unibolso Duplo/Editores Associados. 
Trata-se de um livro generalista, que vai das sopas aos doces, passando por especialidades estrangeiras, sumos ou licores. 

Da famosa e prolifera Margarida Noémia, cá temos o terceiro volume da sua Selecção Culinária, com a parte dedicada a doçaria e sobremesas. Publicada esta edição em Junho de 1981, Lisboa: Publicações Mocho.
Imprescindível.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Brazo de Gitana (receita galega)

Revista Brotéria - Vulgarização Científica, ano XVI, Novembro de 1918. Capa. Assina: Adelina


Brazo de Gitana
(receita galega)

Partem-se ovos, segundo a quantidade que se desejar, separando as claras das gemas. Nestas deita-se uma colher (das de sopa) de açúcar por gema, e batem-se muito bem. À parte, batem-se as claras até ficarem como neve, ou, como se costuma dizer, até chegarem ao ponto; misturam-se com as gemas, e juntam-se-lhe 110 gramas de farinha triga por dúzia de ovos. Mexe-se tudo muito bem, e leva-se ao forno numa forma rectangular de lata, forrada de papel branco [calculo que seja Papel Vegetal]. Deve haver grande cuidado em não deixar queimar o doce. Só a experiência poderá mostrar o tempo que deve estar no forno. Isto depende do grau de calor que deve ser bastante intenso, do tamanho da forma e da espessura da camada que se deita dentro. Com o calor, o brazo de gitana incha, levanta e torna-se fofo e louro. Para saber quando está pronto, regulo-me pela cor e meto-lhe também uma agulha, para ver se está suficientemente teso. Tirado do forno, dobra-se ao comprido duas ou três vezes, de modo que na travessa venha a imitar um braço. Adorna-se a travessa a gosto da cozinheira, por exemplo com variadas frutas de conserva. [Eu arriscaria a sugerir fios de ovos, ovos moles ou compotas].
É fino e excelente, quando bem feito.

Adelina

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Flan Espanhol... não recomendado!


Flan Espanhol

6 gemas, 1 clara, 6 colheres das de sopa de açúcar, 1 chávena das de café de água fria. Mistura-se tudo muito bem batido e leva-se ao forno em forma untada de manteiga. Pode substituir-se a água por Vinho do Porto, mas fica melhor com a água. (Não presta).

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Areias de Cascais


Areias de Cascais

Manteiga - 200 gr.
Açúcar - 150 gr.
Farinha - 300 gr.

Bate-se a manteiga com o açúcar muito bem ligado; depois junta-se a farinha.
Fica a massa mole fazendo os bolos com as mãos, com o feitio de bolos e sobre o comprido.
Vão ao forno em latas sem ser untada.

Existe outra receita, já experimentada e aprovada, em Bolinhas de Areia.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Modo de Frigir Batatas, por Ramalho Ortigão

Autores Vários: O Cozinheiro dos Cozinheiros, Edição de Paul Plantier, 
Lisboa, 1877 - 2ª Edição. Pág.709

Modo de Frigir Batatas

(...)
Apercebo-me mandando vir de Cintra a manteiga mais fresca, e compro as melhores batatas que encontro. Depois disto vou para a cozinha e sento-me à banca das operações. Descasco as batatas cruas, aparo-as escrupulosamente e parto-as em fatias de meio dedo de grossura. Em cima de lume muito brando, quase de um rescaldo, coloco a minha frigideira de porcelana, lanço-lhe um bocadinho de manteiga e vou alourando pouco e pouco, branda e sucessivamente as minhas rodelas. É uma operação para que se não quer pressa, mas dedicação, mimo e paciência.
Depois de meio-fritas as batatas, vou as retirando e pondo à janela, ao ar. Terminado este primeiro serviço, faço atear uma forte fogueira e reponho no lume a frigideira com um grande naco de manteiga. Quando esta derretida principia a saltar em bolhas de fervura lanço-lhe outra vez as batatas, que a esse tempo devem estar já frias. As batatas afogadas na manteiga em ebulição empolam então pronta, rápida, portentosamente e cada uma das rodelas toma logo uma forma esférica. É admirável, é quase miraculoso o resultado deste processo. A batata fica fofa, amanteigada, farinhenta, inchada, leve e mole como uma filhó ou como um sonho!

Ramalho Ortigão

domingo, 16 de setembro de 2018

Napolitanas


Napolitanas

Ovos - 4
Manteiga - 1 colher das de sopa
Farinha - Quanto baste para amassar

Batem-se muito bem os ovos, depois mistura-se a manteiga derretida. Torna-se a bater um pouco mais, vai-se deitando a farinha até a massa estar boa para se poder enrolar à mão. Depois de a massa estar boa, faz-se um rolo delgado, e parte-se em bocadinhos e enrolam-se de forma em que fiquem pouco mais ou menos da grossura e comprimento de um dedo.
Depois de estarem todos enrolados, fregem-se em banha. Depois de fritos, faz-se uma calda de açúcar bastante forte, como sendo para cavacas, e mergulham-se  no açúcar e deixam-se a secar.

sábado, 15 de setembro de 2018

Sopa de Cebola à Francesa

Margarida Noémia, Selecção Culinária - vol. I, Lisboa: Publicações Mocho, Junho de 1981, p. 108

Sopa de Cebola à Francesa

Põe-se num recipiente "pirex" redondo e fundo, pão cortado às fatias finas e queijo ralado, às camadas, até o prato estar quase cheio. Faz-se, num tacho à parte, um refogado com bastante cebola picada grossa e um dente de alho cortado miudinho, um grande bocado de manteiga e um fio de óleo. Deixa-se cozer a cebola em lume brando e quando começar a aloirar deita-se água suficiente para molhar bem o pão.
Deita-se este molho no "pirex" e tapa-se até o pão estar bem embebido.
Cobre-se com outra camada de queijo ralado e vai ao forno bem forte a tostar.
Serve-se no mesmo prato em que vai ao forno.

(Receita gentilmente enviada pela Exª Srª D. Maria José Barreiro)

Seleccção Culinária, de Margarida Noémia


Mais um livro para a biblioteca do blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda. Trata-se do primeiro volume da obra de Margarida Noémia, Selecção Culinária, Lisboa: Publicações Mocho, Junho de 1981.
Trata-se de um livro completo, com tabelas de valor energético dos alimentos, pesos e equivalências e até um pequeno dicionário de termos culinários e regras de etiqueta. Não escapa nem falta nada neste volume... minto... falta o que me é mais querido... os doces. Devem ter ficado para o volume II.

De qualquer forma, é um livro a que, seguramente, voltarei.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Marmelada (Avó Bi)

Marmelada
(Avó Bi)

Lavam-se, descascam-se e descaroçam-se os marmelos. Retira-se igualmente todas as manchas ou partes apodrecidas.
Pesam-se e põem-se a cozer.
Depois de cozidos passam-se com a varinha mágica (tem de ser pouca quantidade de cada vez).
Para o peso dos marmelos, utiliza-se um pouco menos em açúcar.
Este, coloca-se num tacho suficientemente grande, adicionando água q.b. para o dissolver.
Deixa-se ferver, mexendo de vez em quando até atingir um ponto grosso quase de estrada.
Verte-se no tacho a massa dos marmelos, deixa-se ferver, mexendo muito bem, para que o açúcar introduza bem (cerca de cinco minutos).
Já fora do lume, bate-se mais um pouco o que ajuda a arrefecer a massa.
Deita-se em taças, deixa-se secar ao ar, após o que se cobre com papel celofane.

(5 kg de marmelos limpos, dá cerca de 10 taças de marmelada).


domingo, 2 de setembro de 2018

Parrameiros: Bolos de Casamento. Receita de Beatriz Luísa Rosa

Receitas de Vida... Sentimentos com sabor.
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Lisboa: 2013, p. 94


Parrameiros:
bolos de casamento

Farinha de trigo do moleiro
Água
Sal
1 ovo
Erva-doce
Fermento (a massa de pão ficava de uma semana para a outra. No dia anterior juntava-se água e farinha)

Num alguidar de barro, pôr a farinha e fazer um buraco ao meio, onde se põe água tépida, o fermento, o sal, ovos e a erva-doce.
Amassar a massa muito bem, como se fosse pão, e depois polvilhar com farinha.
Sobre a massa dizia-se: Deus te ponha virtude, cá por mim fiz o que pude. Deus te acrescente para a boca de muita gente.
A massa fica a repousar e a crescer 2 horas.
Em seguida, tirar pequenas porções de massa para cima de uma mesa enfarinhada e fazer um rolo que se tende em forma de ferradura.
Levar a cozer em forno de lenha quente.
Nessa altura, depois dos bolos cozidos, fazia-se uma boneca de pano (trouxa de pano) para passar os bolos com gema de ovo batido de forma a ficarem brilhantes.
A receita era simples, como tudo era simples!
Esta receita foi transmitida pela Sra. Dona Beatriz Luísa Rosa (que devia ser da zona de Mafra, calculo, pois de lá são característicos os Parrameiros). Querem saber mais? Ora vejam em baixo...


"A minha avó Luísa era boleira e vendia os seus bolos de porta em porta aos domingos, nas festas da zona, assim como pevides e tremoços.
Assim que cresci, lá ia eu com a minha mãe vender os bolos. Mais tarde, já moça, passei a ir sozinha, com a minha cesta de vime e o pano bordado a tapar os deliciosos bolos.
De regresso a casa, lá vinha contente quando vendia todos os bolos, com os meus escudos, que entregava à minha mãe. Ficava com algum dinheiro para começar a fazer o enxoval ou para comprar um avental ou uma saia.
Os bolos eram feitos ao serão, depois de se ter cozido a fornada de pão (que era cozido para toda a família e para toda a semana).
Estes bolos, também chamados de bolos de casamento, ofereciam-se aos convidados e vizinhos, juntamente com um prato de arroz doce.
E assim, a minha mãe me ensinou a fazer os mais antigos bolos da zona saloia."

Beatriz Luísa Rosa - Residente na Obra Social do Pousal.

Receitas de Vida... Sentimentos com sabor.


Eis a minha compra na Feira do Livro do Palácio de Belém 2018. Um livro como gosto. Receitas com histórias associadas, umas mais antigas e tradicionais, outras mais recentes e modernas. Divide-se entre Carne, Peixe, Sopas e Acompanhamentos e Doces. Um livro simples mas com gosto gráfico.
Com a chancela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, 2013.

Graça Costa, pref., Receitas de Vida... Sentimentos com sabor. Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Lisboa: 2013 

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Torta (da Avó Helena mas retirado do caderno da Tia Lurdes)


Torta (Avó Helena)

9 gemas
9 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sopa de manteiga

Bate-se tudo muito bem e vai ao forno a ganhar cor. 
Retira-se e deita-se por cima suspiro feito com: 4 claras batidas com 4 colheres [de sopa] de açúcar.
Vai novamente ao forno e quando as claras estiverem douradas, vira-se sobre papel vegetal polvilhado com açúcar e enrola-se rapidamente.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Creme Pasteleiro


Creme Pasteleiro

Açúcar - 200 gr. 
Baunilha - q.b.
Leite - meio litro
Ovos - 4 gemas. 

Bate-se o açúcar com as gemas até ficarem esbranquiçadas. Junta-se isso ao leite. Vai ao lume, mexendo sempre, até ficar espesso. 

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Soufflé de Banana

Revista Banquete, nº 13, Março de 1961, pág. 7


Soufflé de Banana

Para 6 a 8 pessoas
Económica
Cerca de 30 minutos
 
6 ovos
180 grs. de açúcar branco
6 bananas
1 pitada de baunilha
Manteiga para untar o recipiente q.b.

Bata as gemas com o açúcar até ficar uma mistura leve, e aromatize com baunilha. À parte, reduza as bananas em puré, pelo passe-vite ou pelo mixer.
Junte o puré de banana com o outro preparado e, por fim, adicione suavemente as 6 claras levantadas em castelo. Deite este creme num recipiente próprio para soufflés, que se deve ter untado com manteiga. Meta no forno previamente aquecido, cujos bicos devem estar virados para baixo.
Antes de servir, polvilhe com açúcar em pó. Como todos os outros, o soufflé não pode esperar, e não ser que o queira servir frio. Nesse caso, deixe arrefecer completamente, desenforme-o e deite geleia de framboesa em volta.

Pontos de Açúcar

Revista Banquete, nº 13, Março de 1961, pág. 17

Clique na imagem para aumentar

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Gelado João


Gelado João

Batem-se 4 gemas de ovos com 200 g. de açúcar.
Junta-se-lhes meio litro de leite e depois de mexer bem, vai ao lume a engrossar, sem deixar ferver (banho-maria).
Arrefecer antes de adicionar as claras em castelo.
Põe-se no congelador.

domingo, 22 de julho de 2018

Bolo Para Chá

Semana Portuguesa: Revista de Informação e Crítica. 23 de Fevereiro de 1933, Nº 7

Bolo Para Chá

6 chávenas de farinha de trigo; 2 chávenas de açúcar; 1 chávena de leite; 2 ovos; 1 colher de chá de canela; a mesma quantidade de bicarbonato de soda; uma noz de manteiga. 
Amassa-se bem e deita-se às colherzinhas num tabuleiro polvilhado de farinha. 
Vai ao forno. 

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Tarte de Maçã (Rosário)


Tarte de Maçã
(Rosário)

250 gr. de farinha
150 gr. de manteiga ou margarina
1 gema
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de chá de fermento

Modo de fazer

Junta-se todos os ingredientes e mistura-se tudo muito bem, com as mãos. Depois deixa-se descansar um pouco a massa e depois forra-se a forma depois de untada com margarina.
Corta-se umas 4 maçãs às tirinhas muito fininhas e põem-se em vinho do Porto. Enche-se a torteira com a maçã [depreendo, como se verá mais à frente, que seja sem o vinho do Porto] e cobre-se com o seguinte creme.

Creme

375 gr. de açúcar
3 ovos
2 colheres de sopa de manteiga

Derrete-se a manteiga com o açúcar ao lume e junta.se os ovos inteiros mas 1 por 1. Depois de bem mexido deita-se o creme por cima das maçãs e vai ao forno.

P.S. O vinho do Porto das maçãs pode-se acrescentar ao creme.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Biscoitos Para Chá

Azulejos : semanario illustrado de sciencias, lettras e artes.
Ano 2, série 3, n.º 34 (4), 11 de Maio de 1908 - pág. 7

Biscoitos para Chá 

Batem-se bem quatro claras de ovos e juntem-se-lhes as gemas também batidas com 250 gramas de açúcar e casca de limão ou de laranja ralada. Adicionem-se 250 gramas de farinha de trigo, amassa-se tudo levemente e façam-se os biscoitos. Polvilhem-se com açúcar e cozam-se em forno brando até adquirirem boa cor.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Sopa de Couve-flor

Azulejos : semanario illustrado de sciencias, lettras e artes.
Ano 1, série 1, n.º 15, 30 de Dezembro de 1907 - pág. 7

Sopa de Couve-flor 

Juntem-se duas colheres, das de sopa, de farinha de trigo a duas de boa manteiga de vaca e ponha-se esta misturada a derreter, numa caçarola, a fogo brando e mexendo sempre. Em fervendo, deitem-se-lhe duzentas gramas de leite, tempere-se de pimenta e continue-se mexendo. 
Tenha-se cozido, à parte, em água e sal, uma couve-flor (só a flor), pouco mais ou menos meio quilo. Junte-se a água em que se cozeu a couve ao conteúdo da caçarola e, em o polme estando bem grosso e ligado, lance-se-lhe a couve cozida, partida em pequenos pedaços. Deixe-se ferver mas não tanto que desfaça os raminhos. 
Esta sopa deve começar a fazer-se meia hora antes de ser servida. 

domingo, 8 de julho de 2018

Mousse Aux Pommes (Mousse de Maçãs)

 
Doação Coimbra

Mousse Aux Pommes
(Mousse de Maçãs)
(Sobremesa)
(Proporção para 6 pessoas)

1,5 K de maçãs
4 colheres de açúcar
Meio copo de água

Descascar as maçãs, parti-las aos quartos e metê-las a cozer num tacho com meio copo de água e 4 colheres de açúcar. Retirar do lume logo que estejam cozidas e passá-las pela máquina dos legumes [trituradora].
Em seguida juntar 2 claras batidas em castelo às quais se deve juntar quando se estão a bater, também um pouco de açúcar. Mexer bem e deitar num prato. Ajeitar a massa com um pouco de gosto e enfeitar com cerejas ou geleia ou doce de ginja, etc. Pôr na janela ou no frigorífico para arrefecer um pouco.
[É uma sobremesa óptima, principalmente para o jantar, porque é muito leve.]


sábado, 7 de julho de 2018

Pudim Gelado Catedrático (Charlotte)

Pudim Gelado Catedrático
(Doação Coimbra)
 
(Charlotte) (Ramos Lopes)
(Convém ser feito de véspera)

+ou- 200 gr. de fios de ovos
4 pacotes de natas
1 tablette de 250 gr. de chocolate
Açúcar q.b.
Manteiga q.b.
Leite q.b.
1 forma de Charlotte

No fundo da forma, bem espalhados, coloca-se metade dos fios de ovos.
Por cima, vertem-se metade das natas batidas com o açúcar.
Seguidamente, a 2ª camada (dose) de fios de ovos.
Então, derrete-se em banho-maria metade do chocolate, o qual se deixa arrefecer q.b. para depois juntar a 2ª metade das natas.
Vai ao congelador a gelar.
Desenforma-se e cobre-se com o restante chocolate, temperado com um pouco de margarina e leite.

Doação Coimbra... e assim vamos crescendo.



 Doação Coimbra

E eis que, pela mão de um querido amigo, recebe este blog a sua primeira doação. Foi com enorme emoção e verdadeiro sentido de responsabilidade que me foi doada esta herança familiar para que, junto de todos, pudesse ser partilhada, tratada e conhecida por todos. O espólio é vasto e muito bem organizado. Temos três dossiers: Doces, Salgados 1 e Salgados 2, com as receitas colocadas em pastas de plástico, podendo aquelas serem manuscritas ou colagens de jornais e revistas. Um grande trabalho de paciência e organização. Existem ainda dois sacos de plásticos com muitas folhas soltas e alguns cadernos... com calma tudo será devidamente explorado e partilhado.
 Por uma questão de descrição, não revelarei o nome dos doadores. A referência que irei utilizar para referir este espólio será: Doação Coimbra.
Segue já de seguida a primeira partilha.... espero que gostem tanto como eu.

Muito obrigado meu querido amigo doador.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Bolo da Ocasião e Molho "Mornay"

Da Cozinheira Desconhecida

Bolo da Ocasião

2 chávenas de farinha trigo
1 chávena de leite
1 colher de sopa de manteiga
1 chávena de açúcar
1 colher de chá de fermento
1 ovo completo

Bate-se a manteiga com o açúcar e os ovos [sic] depois junta-se o leite, o fermento e a farinha trigo e bate-se bem.
Vai ao forno em forma untada de manteiga e polvilhada de farinha.

Molho "Mornay"

Prepare um molho "Béchamel" e misture-lhe aos poucos 100 grs. de queijo "Gruyère" ralado, mexendo constantemente e tendo em conta que o queijo engrossa o molho.

(O bechamel é um molho que se faz da seguinte maneira:
Deitam-se numa caçarola seis colheres grandes de molho espanhol e duas ou três de caldo de substância e põe-se a caçarola ao lume, sem cessar de mexer o molho até reduzi-lo a metade. Reduzem-se igualmente a metade de dois litros de leite, mexendo sempre para que não se pegue.
Misturam-se as reduções e levam-se ao lume por espaço de três quartos de hora, sem cessar de mexer, e quando o molho está suficientemente ligado coa-se.)

Livros de Receitas da Cozinheira Desconhecida

 Capa a proteger a Agenda

 Agenda A Mulher Elegante - 1967

Livro/Capa com uma grande miscelânea de letras, recortes, textos.

Resgatei da casa Bidding Leilões dois livros de receitas de culinária que terá pertencido a alguma senhora - suponho pela letra - e que contém centenas de receitas manuscritas, impressas na agenda ou de periódicos.
O primeiro (as duas primeiras imagens)é uma agenda de 1967, com imensas receitas impressas da própria agenda e uma quantidade enorme de outras já manuscritas ou retiradas de jornais e revistas e coladas ao longo das páginas. A letra é muito bem desenhada e legível. Por algumas coisas presentes no seu interior, diria que a misteriosa Cozinheira Desconhecida terá residido em Angola.

O segundo livro (terceira imagem) é mais caótico. É um amontoado disperso de receitas manuscritas, com uma quantidade infindável de letras diferentes e alguns recortes de jornais.

Nenhum dos livros se encontra assinado... o que é estranho.

Vai ser uma delícia ir desbravando estes dois cadernos da baptizada de Cozinheira Desconhecida.

sábado, 23 de junho de 2018

Uma pequena história sobre a origem do blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda na semana que ultrapassou 1 Milhão de Visitantes.

Este blog iniciou-se a 17 de Março de 2012 e levou o nome, primeiramente, da extraordinária Avó Helena, exímia cozinheira (como em tudo), e que nos legou uma série de livros de receitas manuscritas por ela. Como a família é grande, resolvemos começar, aos poucos, a publicar e a divulgar as receitas mais "famosas" e que mais saudades nos deixavam para que, facilmente e a qualquer hora, qualquer um de nós lhes pudesse ter acesso. Eis se não quando o feedback de amigos e de desconhecidos começou a ser muito positivo e simpático, estimulando-nos a continuar e a mantermos o blog em actividade. 

Assim, e com o apoio de familiares e amigos, fomos inserindo alguns "making-off" de receitas que íamos experimentando, as criticas e comentários que iam surgindo no e-mail vindo das mais variadas zonas do planeta, assim como fomos publicando artigos ou histórias ligados com culinária, cozinha e a sua história. Fomos digitalizando algumas obras, partilhando outras que íamos encontrando por aí em jornais, revistas, bibliotecas e arquivos (graças a Deus que há a pancada forte de ler jornais antigos e andar sempre à coca pela Hemeroteca Municipal Digital, Biblioteca Nacional Digital e muitos outros repositórios).

Com a morte da Avó Eduarda, não tão exímia cozinheira (ficou célebre o gabado prato de frango que, afinal, era de bacalhau) mas com igual amor e gosto de reunir a família à volta de uma mesa, herdámos, para além de muitas receitas também manuscritas, aquele que consideramos o melhor livro de receitas para uso quotidiano: O Tratado Completo de Cozinha e de Copa, de Carlos Bento da Maia. Este livro tornou-se o primeiro de mais de cem que entretanto fomos adquirindo e coleccionando, formando assim uma biblioteca As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda, que conta já com cerca de 120 volumes. Foi então assim que o blog - embora não tivéssemos conseguido alterar a morada do mesmo - passou a ter a designação de: As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda.
Seis anos depois, o blog continua com vitalidade, com novas valências e público. Sempre muito público. Querem ver?

Pois é... 900 entradas depois - esta será a 901 - já ultrapassámos o MILHÃO DE VISITANTES. Nunca sonharia tão número redondo... Ficámos, estamos, muito felizes, pois é na partilha, de nós para vós ou de vós para nós, que vamos construindo conhecimento, partilhando vivências. Partilhar e receber histórias, partilhar e receber saberes, partilhar e receber curiosidades, partilhar e receber informações. Neste momento sabemos que partilhámos e recebemos UM MILHÃO de afectos.

Queremos assim agradecer a todos os que, tenha sido apenas com uma visita ou centenas delas, nos têm dado alento e alegria para continuarmos para outros milhões.

Bem-hajam... cá continuaremos com esta nossa casa aberta para todos vós.

Eu com a Avó Helena na sua casa da Frei Tomé de Jesus.
Eu com a Avó Eduarda e a primeira dos 7 bisnetos, a Leonor, na Gulbenkian.
O que não são receitas e que recomendamos a visita:

- Bem Viver Boa Mesa, de Fernanda de Castro
- História (separador)
- Cafés de Lisboa, por Tinop

Para outras curiosidades, consulte a lista na parte lateral do blog.

Pãezinhos de 1/4 de Hora

Coisas Boas - Receitas Culinárias, Associação das obras  assistenciais das
Conferências Femininas de S. Vicente de Paulo, Lisboa, Edição Livros do Brasil, S/D, p. 423

Pãezinhos de 1/4 de Hora

3 chávenas de farinha
2 ovos
1 chávena de leite
2 colheres de sopa de pó "Royal" (fermento)

Amassa-se tudo, tendem-se, pintam-se com ovo e vão a forno quente. [Eu coloquei pelos 200ºc]. Põe-se-lhe manteiga como nas sanduíches. 
Olga Paradinha


Eu não esperei sequer um minuto para os ir fazer. E saíram assim, lindos e saborosos, apesar de não terem levado ponta de sal. E são realmente muito rápidos. 
Excelente com mel, compotas e manteiga. E dão a ideia de aguentarem bem um dia inteiro (pelo menos).

Fica assim com uma ideia para o seu pequeno-almoço de Domingo. Experimente e diga-me de sua justiça.

sábado, 16 de junho de 2018

Bolo de Limão

Bolo de Limão

250 de Vaqueiro
250 de açúcar
5 ovos
Raspa da casca de 2 limões
250 de farinha
2 colheres (café) de fermento

Misture bem e leve ao forno. Deixe arrefecer durante alguns minutos, pique-o com um palito e regue com esta mistura: 1 dl. de sumo de limão e 100 gr. de açúcar.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Princesas

Real Confeiteiro Português e Brasileiro, Sophia de Souza, Lisboa, Livraria Clássica de A. M. Teixeira,
 1904 (Edição facsimilada de Arquimedes Livros), p. 302

Princesas

Deita-se, em um alguidar de barro vidrado, 500 gramas de farinha de trigo, 1000 gramas de açúcar, 500 gramas de manteiga derretida, três gemas de ovo e dois cálices de vinho do Porto. Amassa-se tudo muito bem durante vinte minutos e, depois, manipulam-se pequenos doces, que se dispõem em tabuleiros de lata polvilhados com farinha e se cozem em forno de fogo vivo.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Castanhas Doces de Viseu

Coisas Boas - Receitas Culinárias, Associação das obras  assistenciais das
Conferências Femininas de S. Vicente de Paulo, Lisboa, Edição Livros do Brasil, S/D, p. 478

Castanhas Doces de Viseu

250 gr. de açúcar pilé.
20 gemas.

Põe-se o açúcar em ponto de bola. Conhece-se este ponto quando, deitando um bocadinho de água fria, faz pedra. Deixa-se esfriar um bocado, juntam-se as gemas, que já devem estar levemente batidas. Leva-se novamente ao lume e mexe-se dum lado para o outro sem ser de roda. Sabe-se que está cozida quando se desgarra do tacho. Tira-se a massa do tacho e deixa-se arrefecer completamente, ou deixa-se ficar de um dia para o outro, o que é melhor.
Tendem-se então as castanhas com muito pouca farinha como se fossem croquetes. Unta-se com gema de ovo, que deve estar misturada com uma pinguinha de água, e fazem-se-lhe uns riscos com as costas de uma faca. Assam-se, em lume forte de brasas, espetadas num pau fininho que pode ser um espeto de palmeira.
Alda de Azevedo P. de Almeida Dias
Póvoa do Arcediago

[A minha Tia Júlia, pelo que sei, queimava a parte de cima das castanhas com um ferro em brasa].
Neste blogue existe outra receita de Castanhas de Ovos:
http://asreceitasdaavohelena.blogspot.com/2012/05/castanhas-de-ovos.html

Aquisições da Feira do Livro de Lisboa 2018 e uma Oferta

 Aquisições Feira do Livro de Lisboa 2018:


Coisas Boas - Receitas Culinárias, Associação das obras  assistenciais das Conferências Femininas de S. Vicente de Paulo, Lisboa, Edição Livros do Brasil, Sem Data.
Trata-se de um extraordinário livro, extenso, completo, com receitas de Sopas, Acompanhamentos, Ovos, Salgados, Peixes, Carnes, Molhos, Sobremesas, Bolos, Biscoitos e Bolinhos, Massas, Cozinha e Doçaria Portuguesa e receitas estrangeiras (Moçambique, China, Alemanha, Itália, África do Sul, França, Espanha, Grécia, Japão, Bélgica, Suíça, Rússia, Holanda, Goa, Áustria e América).


Real Confeiteiro Português e Brasileiro, Sophia de Souza, Lisboa, Livraria Clássica de A. M. Teixeira, 1904 (Edição facsimilada de Arquimedes Livros). Um excelente livro que compila os principais doces de Portugal e Brasil, à época. Índice por ordem alfabética.


Mesa Real Dinastia de Bragança, Ana Marques Pereira, Lisboa, Edições Inapa, 2007 (2ª ed.). Uma obra-prima historiográfica que nos transporta para o delicado e complexo mundo da cozinha e da mesa Real. É uma obra fascinante e profusamente ilustrada... sem receitas.


Comer Como Uma Rainha - O receituário real do séc. XVI ao séc. XX, Guida Cândido, Lisboa, Publicações D. Quixote, 2018. Depois do enorme sucesso do galardoado Cinco Séculos à Mesa, Guida Cândido torna a deslumbrar com um livro que é ao mesmo tempo um livro de História e um livro de Receitas, redigido para o grande público, sendo certo que todas as receitas foram experimentadas - logo, resultam - e partilhadas de modo a que todos possam realizá-las. As fotografias são maravilhosas. É um livro obrigatório.

E a oferta:

À Mesa do Príncipe - Jantar e Cear na Corte de Lisboa (1500 - 1700): prata, madrepérola, cristal de rocha e porcelana, Hugo Miguel Crespo, Lisboa, AR/PAB, 2018.
Com a chancela do Antiquário Álvaro Roquete e Pedro Aguiar-Branco, temos uma obra absolutamente extraordinária de Hugo Miguel Crespo, com textos de Annemaria Jordan Gschwend - Rainha d'Aquém e d'Além-Mar. Jantar e Cear à Mesa de D. Catarina de Áustria na Corte de Lisboa -, Sasha Assis Lima - Sobre o Vinho em Portugal (1500-1700) - e Letizia Arbeteta Mira - Dois Vasos de Cristal de Rocha Para a Mesa Principesca. Abrir este livro é entrar num mundo encantado, num museu secreto, numa viagem pelo requinte e pelo luxo. Dos mais belos livros da minha colecção.

As mais visitadas são: