O Arquivo Distrital de Braga e a Universidade do Minho tiveram uma excelente ideia. Trazer para o "hoje" as memória gastronómicas de "ontem" guardadas em Arquivo. São 12 cartões com 12 receitas imperdiveis, actualizadas para melhor as percebermos e realizarmos.
"Do arquivo para a mesa: doçaria" é uma edição diferente de conteúdos de Arquivo!
Com receitas da doçaria do séc. XVII e citações de documentos dos
fundos do Convento de Nossa Senhora dos Remédios, em Braga, e do
Mosteiro de São Martinho de Tibães, custodiados aqui no ADB.
Um desafio para o leitor interpretar e usufruir, agora, de sabores e aromas que vêm do passado.
Em promoção (5 euros), este mês de fevereiro, aqui no seu Arquivo Distrital de Braga!
Para tal, só tem que:
"Podemos
enviar qualquer publicação do Arquivo por correio, com portes a cargo
do destinatário. Os pedidos de publicações devem ser efetuados para o
endereço sec@adb.uminho.pt . Não enviamos à cobrança."
E foi o que eu fiz. Mandei email para o endereço indicado, mandaram-me o valor com o NIB com o valor - ficou em 6.40€ -, enviei o comprovativo da transferência e passado uma semana tinha o livro em casa.
É uma óptima maneira de se projectar o Arquivo e o seu acervo a um público mais vasto. E comprar este livro é uma maneira de os incentivar a fazer cada vez mais e melhor trabalhos deste género.
Só me resta saudar a iniciativa do Arquivo Distrital de Braga e a Universidade e felicitá-los com o meu enorme bem-haja.
De seguida, irei publicar uma única receita, a título de exemplo... ora vejam lá esta maravilha:
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Frente |
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Verso |
Doce Fino
Pelos finais do século XVIII, os monges de Tibães começaram a comprar doce fino para as festas de São Bento. Tratava-se de um doce de mesa, feito à base de ovos-moles que podia assumir várias formas. Na tradição bracarense, ficou um doce envolvido em hóstia. Era produzido no Convento de Nossa Senhora dos Remédios, em Braga.
Ingredientes:
250 g. de açúcar
15 gemas
2 dl. de água-de-flor de laranjeira ou água aromatizada com casca de limão
Folhas de hóstia.
Receita:
Num tacho, leva-se o açúcar e a água ao lume. Deixa-se ferver até obter ponto de espadana forte, depois retira-se para esfriar um pouco. Juntam-se-lhe as gemas e volta novamente ao lume para cozer e engrossar, mexendo sempre em cutelo. Retira-se esta massa do lume, volta-se num prato e arrefece completamente. Para moldar os doces partem-se as folhas de hóstia em rectângulos de 8x2 cm de largura, pincelam-se pela parte rugosa da hóstia com clara de ovo, volta-se a parte pincelada sobre açúcar, previamente colocado num prato.
Coloca-se uma colher de ovos-moles na ponta do rectângulo e enrola-se sobre si mesma. Colocam-se estes charutos sobre uma rede ou peneira para secarem completamente. Para melhorar a apresentação, depois de secos, aparam-se as beiras da hóstia nos topos.
Receita recriada por Margarida Araújo.
DIGAM LÁ SE NÃO É DE COMPRAR O LIVRO!!!!!