Feira da ladra : revista
mensal ilustrada - Tomo I - Ano de 1929
As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda começou por ser um repositório de receitas de família, herança das minhas Avós Helena e Eduarda. Num ápice, foi sendo aumentado o espólio documental do blog através da incorporação de outros cadernos de receitas ou livros (por doação/oferta ou compra em leilão/alfarrabista) e a pesquisa e recolha de material em livros, jornais ou revistas. Acima de tudo, este é um espaço de partilha, de carinho, de memória e de saudade. Um espaço de História.
sábado, 24 de março de 2018
quinta-feira, 15 de março de 2018
Creme Caramel
Revista Eva, 09 de Maio de 1936
Creme Caramel
Faz-se um creme à inglesa com meio litro de leite, uma colher de maizena, algum açúcar, casca de limão ou baunilha. Em fervendo juntam-se-lhe três gemas de ovos fora do lume, mexendo sempre. Põe-se outra vez ao lume para levantar fervura e deita-se em tacinhas. Põe-se ao lume uma caçarola com quatro colheres de açúcar, bem cheias, sem água, e quando o açúcar estiver derretido e de côr castanho claro, deita-se uma colher dentro de cada tacinha.
Esta última operação deve ser feita somente quinze minutos antes de ir para a mesa.
quarta-feira, 14 de março de 2018
Bolo Para o Chá - Fotoreportagem
Bater 5 gemas com 250 grs. de açúcar. |
Quando estiver em creme, juntar as claras em castelo |
e 250 grs. de farinha (eu coloquei uma colher de chá de fermento). |
Por fim a colher de chá de sumo de limão. Mexer muito bem a massa |
e deitá-la em forma redonda untada com margarina e polvilhada de farinha. Vai a forno quente. |
E cá está ele, um Bolo Para o Chá muito fofo e fácil de se confeccionar.
Eu resolvi rechear o meu com Lemon Curd... mas imagino que com compotas, chantilly, doce de ovos ou outro qualquer recheio a seu gosto ligará muito bem. É um bolo seco e fofo, sem gordura de manteiga ou margarina. Daí achar que pede um recheio ou uma cobertura. Pode dar largas à sua imaginação.
Para um dia chuvoso, o bolo ideal.
Veja a receita AQUI.
sábado, 10 de março de 2018
Aletria de Leite sem Ovos - Fotoreportagem
Deita-se 400 grs. de aletria |
em bastante água fervente até branquear. |
Ao mesmo tempo vai pondo a aquecer, em lume fraco, 600 ml. de leite com o vidrado de limão e pau de canela (opcional) |
Quando branquear escorre-se e põe-se o leite, com o vidrado do limão (e o pau de canela) no tacho |
e de novo a aletria a cozer. |
Mistura-se 250 grs. de açúcar e mexe-se. |
Quando a aletria está bem cozida, e semi-enxuta, tira-se do lume e retira-se o vidrado de limão (e o pau de canela). |
Liga-se com 100 grs.de manteiga e mexe-se bem. |
E cá está ela... pouco amarelinha porque não leva ovos... |
Para quem não poder comer ovos, aqui está uma óptima sobremesa... a famosa e portuguesa aletria. Esta fica de cortar à faca e fez sucesso entre os convivas. Eu, confesso, prefiro a aletria com leite e ovos, cuja receita pode ser vista AQUI.
Nada como experimentarem as duas e decidirem por vós mesmos. Façam-nas e digam de vossa justiça. Partilhem comigo a vossa "degustação".
Aletria de Leite sem Ovos
Carlos Bento da Maia, Tratado Completo de Cozinha e de Copa,
edição de 1904, pág. 453/454
Aletria de Leite
Aletria - 400 gr.
Açúcar - 250 gr.
Leite - 0,6 l (600 ml)
Manteiga - 100 gr.
Vidrado de Limão - q.b.
Canela em pó - q.b.
Deita-se a aletria em bastante água fervente a branquear; em seguida, escorre-se e põe-se a cozer no leite, no qual se deita o vidrado do limão e o açúcar.
Quando a aletria está bem cozida, e semi-enxuta, tira-se do lume, liga-se com manteiga, deita-se em pratos, tirando-lhe o vidrado do limão e polvilhando a superfície da aletria com canela em pó. Serve-se fria.
Existe, também do Bento da Maia, uma outra receita de Aletria de Leite com Ovos.
sexta-feira, 2 de março de 2018
Modo de Fazer a Essência de Presunto
Azulejos : semanario illustrado de sciencias, lettras e artes.
Ano 1, série 1, n.º 12, 09 de Dezembro de 1907
Modo de Fazer a Essência de Presunto
Guarnece-se o fundo de uma caçarola com fatias de presunto, duas cenouras e duas cebolas cortadas em rodas e um pouco de toucinho derretido. Põe-se ao lume a suar a pouco e pouco e, em estando corado e principiando a pegar-se, deita-se-lhe, quatro decilitros de vinho branco, três colheres de caldo forte, pimenta, uma capela de salsa, ervas finas, duas cebolinhas verdes com dois cravos e deixe-se ferver pouco a pouco; depois de reduzido, ligue-se com duas colheres de farinha batida com ovo, tira-se-lhe a gordura e passa-se pelo peneiro.
quinta-feira, 1 de março de 2018
Chef BNE (Biblioteca Nacional de Espanha)
‘Vieja friendo huevos’. Diego Velázquez
Há projectos tão bons e tão interessantes que merecem ser divulgados e visitados por todos.
Um projecto da Biblioteca Nacional Espanhola recupera grandes receitas e grandes figuras da cozinha de todos os tempos históricos, convidando chef's actuais a experimentá-las e actualizá-las. Imperdível.
"En su afán por dar a conocer este
legado cultural, la BNE ha seleccionado algunos de los recetarios
antiguos que guarda en su catálogo y se los han cedido a un grupo de
cocineros e investigadores para que los manoseen, viajen al pasado con
ellos, reinterpreten y los traigan de vuelta con un toque moderno.
Este proyecto, llamado ChefBNE,
ha dado como resultado una miniserie de 12 vídeos, acompañados de sus
respectivas recetas, y en donde se han desempolvado desde viejos
manuscritos de confituras del siglo XV a los manuales prácticos del
siglo XX, pasando por best sellers monacales del XVIII y el único tratado gastronómico que se conserva de la Roma clásica."
Não deixem de visitar.
Amêndoas de Sobremesa ou Enxovalhadas
Festas e Comeres do Povo Português. Maria de Lourdes Modesto, Afonso Praça e Nuno Calvet.
Editorial Verbo, Lisboa, Agosto de 1999 - Vol. II - pág.88
Editorial Verbo, Lisboa, Agosto de 1999 - Vol. II - pág.88
Amêndoas de Sobremesa ou
Enxovalhadas
Enxovalhadas
1 chávena de amêndoas
1 chávena de açúcar
1 chávena de água
1 pitada de canela (facultativo)
Sem se pelarem, esfregam-se as amêndoas num pano.
Num tacho, de preferência de cobre, deitam-se as amêndoas, o açúcar e a água e deixa-se repousar uns quinze minutos para amolecer o açúcar. Depois, leva-se o tacho a lume muito forte para levantar fervura rapidamente. Reduz-se imediatamente o calor para o mínimo, agitando o tacho de vez em quando, até o açúcar fazer ponto de areia, isto é, até que o açúcar solidifique e se agarre às amêndoas e às paredes do tacho. Nesta altura, volta a intensificar-se o calor e, mexendo vigorosamente com uma colher de pau forte, separam-se as amêndoas, tanto quanto possível, deixando-as caramelizar muito ligeiramente. Deitam-as as amêndoas imediatamente sobre a pedra da mesa, untada com óleo de amêndoas doces ou outro de sabor neutro. Depois de frias, separam-se. Guardam-se em caixas de folha para evitar que amoleçam.
Nota: Para que as amêndoas se conservem macias, é fundamental que o caramelo final seja na realidade muito ligeiro.
Existe outra receita de Amêndoas, de Amêndoas da Páscoa, AQUI.
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