segunda-feira, 15 de abril de 2013

Rabanadas Finas e Rabanadas Pobres

Comércio do Porto, 27 de Dezembro de 1936

Rabanadas Finas
Rabanadas Pobres

Toma-se um pão próprio para rabanas, ou na falta dele, pão de fôrma e corta-se em fatias de um centímetro de grossura.
Ponha-se ao lume a ferver um quartilho de leite adoçado, e a que se tenha juntado um pau de canela.
Mal o leite ferva deita-se sobre as fatias de pão que se têm disposto numa vazilha funda, de maneira que fiquem cobertas e deixem-se amolecer durante uns dez minutos, passados os quais se retiram as rabanadas, com todo o cuidado, para outra vazilha.

Em seguida, passam-se por ovos batidos e fritam-se em bastante azeite a ferver, depois escorrem-se e servem-se enquanto quentes, com açúcar e canela, e depois de frias com calda de açúcar.

Há uma outra receita em quase tudo parecida com este e vulgarizada com o nome de rabanadas pobres em que a diferença está apenas em substituir o leite por água com açúcar, canela e casca de limão, procedendo-se em tudo o mais como já ficou dito.

E já agora, uma terceira alternativa. A minha Avó Eduarda costumava fazer as rabanadas não com leite ou água mas com um bom chá verde. Ou seja, em vez de mergulhar o pão em leite ou água, fazia-o em chá verde... não seria uma rabanada fina, porém não o era pobre... remediada, talvez.

ATENÇÃO: Um quartilho corresponde sensivelmente a meio litro. 

8 comentários:

  1. Exactamente como a minha avó fazia (a versão pobre) que por serem tão boas, continuam a ser feitas pelas filhas e netas!
    beijinhos.

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    1. São óptimas. eu também prefiro. Até porque com leite ficam muito pesadas e enjoativas. A Avó a certa altura é que começa a fazer com chá verde...não sei se foi por autocriação se foi alguém que lhe deu essa dica. E ficam realmente muito boas.

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  2. A minha avó sempre fez as rabanadas finas... adoro!
    Um prazer imenso ver estas fantásticas receitas.
    Bj
    Lita

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    1. Que bom Lita, obrigado... de inicio estava um pouco apreeensivo por estar a retirar receitas de livros. Mas não deixam de ser os livros que as Avós usavam e que são clássicos da culinária, nomeadamente o do Bento da Maia.
      E esta coluna do Comércio do Porto não deixa também de ter a sua graça... é o espelho de uma época...

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  3. às pobres a minha tia-avó chamava-lhes constipadas . e se espirravam quando se encontravam com o óleo quente . obrigado por me ter recordado de uma coisa há tanto tempo esquecida .

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    1. É verdade, amigo Diogo... tem de se ter um cuidado redobrado. E constipadas é um belissimo nome.

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  4. Parabéns pelo excelente blog e pela recolha de receitas antigas, algumas caídas em desuso, infelizmente. Obrigada.

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  5. Parabéns pelo excelente blog e pela recolha de receitas antigas, algumas caídas em desuso, infelizmente. Obrigada.

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