domingo, 12 de maio de 2024

Torradas do Porto


 Torradas do Porto

Batem-se 4 claras com 250 gr. de açúcar acrescentando 125 gr. de farinha e igual peso de amêndoas pisadas.
Formam-se depois de tudo bem amassado, pequenas rodelas que vão ao forno.

Esta receita já aqui andou, numa versão impressa de 1902. Pode ser consultada aqui: https://asreceitasdaavohelena.blogspot.com/2021/02/torradas-do-porto.html

É um exercício muito interessante este de comparar a versão impressa e a versão manuscrita, depurada daquilo que o copista achou ser desnecessário e acessório para a compreensão da receita.
Desta feita, a minha Avô Eduarda, perita neste género de resumos muito resumidos - por vezes chegando a tirar ingredientes às receitas -, achou que as amêndoas "descascadas e doces" e que se deviam colocar as rodelas em "latas" eram pormenores que ela dispensava registar. 

E é assim que, depuração a depuração, as receitas se vão transformando, chegando por vezes ao ponto de serem inteligíveis.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Jantar Camiliano: 24 de Abril de 1958




Vi à venda num leilão... esqueci-me do leilão e não comprei. Felizmente que tirei a cópia que estava disponível no site.

Grande "Jantar Camiliano a recordar aquele Eusébio Macário", na Casa do Minho, em Lisboa, e servido pela célebre Pastelaria Marques. Que maravilha.

Bertha Rosa-Limpo: a vida entre Pantagruel e Thaber

 



Entrevista a Bertha Rosa-Limpo, grande criadora da "bíblia" culinária O Pantagruel e dos cosméticos Thaber, pela revista Modas e Bordados.

E a propósito de Bertha Rosa-Limpo e do Pantagruel, relembro a minha pequena participação num certo dia num certo canal de televisão:

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Croissants Especiais

 
Revista Casa Viva, ano VIII, nº 81, Maio de 1981

Croissants Especiais

250 g. de farinha
250 g. de manteiga
250 g. de batata cozida
1 gema de ovo
Sal, q.b.

Cozem-se as batatas e passam-se pelo "passe-vite", amassando bem, com a manteiga, farinha e uma pitada de sal. Depois da massa bem ligada, faz-se uma bola que se põe a descansar durante 20 minutos. Passado esse tempo, estende-se a massa não muito fina, e corta-se em triângulos. Dobra-se, começando pela parte larga, e põe-se num tabuleiro untado e enfarinhado, dando o feitio de meia lua. Pinta-se com gema de ovo e coze-se em forno forte. Servem-se quentes, com manteiga.

Receita de Maria Emília Cancella de Abreu

A vinha e o vinho nos provérbios e na cultura popular : Mário Viana










Mário Viana: A vinha e o vinho nos provérbios e na cultura popular. Revista da Biblioteca Nacional, Lisboa, S. 2, 8 (1) Jan.-Jun. 1993, p. 7-22


 

terça-feira, 7 de maio de 2024

Bananas no forno

 
Revista Casa Viva. Abril de 1977. Ano III, Nº 33

Bananas No Forno

Para cada pessoa, uma banana descascada e com um golpe no sentido do comprimento. Encher a abertura com manteiga e açúcar bem misturado. Levar a forno muito brando durante meia hora, em forma untada e tapada com uma folha de alumínio.

Alfenim: a apoteose do açúcar






Alfenim: a apoteose do açúcar, por João Afonso, da revista Panorama, nº 17 - IV Série: Março de 1966

E retirado do youtube. um making of:

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Sarrabulho

Um querido amigo fez-me a surpresa de me enviar, digitalizado, o caderno de receitas manuscritas de sua Avó, a Senhora Dona Luísa d'Azevedo Castelo Branco da Costa Lobo. Se não há boas surpresas...!!!

E a primeira receita que vos trago está, sei-o, carregada de saudades do neto Manuel.


Sarrabulho

Para 1 quilo de sarrabulho; 1 quilo de açúcar; 1 quarto de quilo [250 g.] de amêndoa; um pouco de canela; miolo de 1 pão; 100 g. de pingue [gordura, normalmente banha de porco]

Leva-se o açúcar a ponto de espadana, junta-se a amêndoa bem pisada e o sangue bem ralado e pingue a ferver; mexe-se e vai-se deitando o pingue a pouco e pouco.

Modo de preparar o sangue
 
Deita-se num alguidar o sal suficiente para temperar o sangue, um pouco de cebola e loureiro. Bate-se até coagular. Em seguida coze-se, deitando-lhe de vez em quando vinho (pouco). Depois de bem cozido conserve-se na água em que foi cozido, bem tapado.

sábado, 4 de maio de 2024

Queque de Laranja (D. Beatriz)


 Queque de Laranja
(D. Beatriz)

4 ovos, 250 g. de açúcar, 250 g. de farinha, 200 g. ou 150 g. de manteiga, sumo de 2 laranjas, 1 colher de sopa rasa de crescente [fermento] inglês.
Mistura-se o açúcar com a manteiga um pouco derretida e bate-se durante !/2 [meia] hora. Junta-se-lhe o sumo de 2 laranjas em seguida as gemas e as claras batidas em castelo e bate-se mais 10 minutos. Depois vai-se deitando a farinha a pouco e pouco e não se deve mexer muito. Por fim deita-se o crescente [fermento] mexendo só para ligar. Vai ao forno em forma untada de manteiga e polvilhada de farinha.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Sorbetes de Naranja

Luis San Valentin. Cocina de Las Monjas. Madrid: Alianza Editorial. 1997. p. 90


Sorbetes de Naranja
Reverendas Madres Clarisas. Monasterio de la Asunción.
- Castil de Lences -

Ingredientes
20 naranjas de las de zumo. Raspaduras de cuatro de ellas.
1/4 kg. [250 g] de azúcar
6 yemas de huevo
1 clara

Elaboracion
Se pelan las naranjas, se las trocea en cuartos, se las extrae las semillas si las tuvieren, machacándolas a continuación. Seguidamente se envuelven en un lienzo y se prensan. En un recipiente adecuado se mezclan el zumo, el azúcar, las yemas y la clara, batiéndolo todo muy bien. Por último, se coloca en el frigorífico, donde deberá permanecer hasta el momento de servirlo.

TRADUÇÃO SIMPLES

Ingredientes
20 laranjas das de sumo. Raspas de 4 das laranjas,
1/4 kg. [250 g.] de açúcar
6 gemas de ovos
1 clara

Elaboração
Descasque as laranjas, corte-as em quartos, extraia as sementes, se as tiverem, e esmague as laranjas. Em seguida, embrulhe-as num pano para serem prensadas. Numa taça adequada, misture o sumo, o açúcar, as gemas e a clara de ovo, batendo tudo muito bem. Por fim, coloque no congelador, onde deve permanecer até a hora de servir.

La Cocina de Las Monjas

Luis San Valentin. Cocina de Las Monjas. Madrid: Alianza Editorial. 1997

Quando se trata de gastronomia, por vezes até mais do que nas questões da fé, o epiteto de "monja", freira, padre, abade dão, por si só, um selo de qualidade. E por isso não podia deixar passar este pequeno livro de bolso espanhol, bem interessante e estruturado. 
O livro está dividido por diversas Ordens Monásticas - Agostinhas, Concepcionistas, Dominicanas, Carmelitas, Cistercienses, Clarissas, etc. etc. etc. - espalhadas por muitas localidades diferentes e que nos são apresentadas pelo autor com um resumo sobre a história da Ordem em questão. Depois então entramos pela cozinha conventual, com pratos que vão da sopa, ao prato de carne ou peixe e às sobremesas. Um livro simples ilustrado com algumas imagens que nos remetem para a simplicidade dos utensílios e dos espaços, "que revelan una concepción del tiempo distinta de la habitual y son una original y sencilla manera de entender la restauración."

Espero que gostem desta viagem ao mais fundo do território de nuestros hermanos...

Bolo Luís de Camões (sem ovos)


Bolo Luiz de Camões
(sem ovos)

250 g. de farinha, 250 g. de açúcar, 1 colher de sopa de manteiga, canela, 1 quartilho [meio litro] de leite e uma colher de chá de bicarbonato de soda. Mistura-se o açúcar com a manteiga, deita-se o leite e a canela, bate-se bem e em estando pronto deita-se o bicarbonato. Vai ao forno em lata untada com manteiga.

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