quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Filhós à Antiga Portuguesa

 
Manual do Confeiteiro e Pasteleiro: Nova arte do Conserveiro e Doceiro, Enciclopédia Bordalo, 
Vol. XII, Editor Arnaldo Bordalo, Lisboa, 1904 - pág. 181/182


Filhós à Antiga Portuguesa

Põem-se 500 gramas de farinha de trigo num alguidar; com a mão escava-se a farinha do centro para os lados, e deitam-se-lhe 8 gemas de ovos, 125 gramas de boa manteiga, 100 gramas de açúcar, uma pitada de sal e dois decilitros de água fria. Amassa-se tudo muito bem, e junta-se-lhe mais alguma água fria, sendo precisa, até a massa tomar a consistência de massa de pão. Deita-se em seguida numa mesa uma pouca de farinha e põe-se-lhe a massa em cima, cobrindo-se com um pano lavado. Assim se deixa descansar a massa durante um quarto de hora. Depois, polvilha-se a mesa com farinha e corta-se a massa em quatro bocados iguais; deixam-se ficar 3 tapados e tira-se um que se entende com um pau cilindrico até chegar à grossura de um vintém; vai-se fazendo a mesma operação aos restantes bocados, e corta-se a massa com os feitios que se quiserem. Estão ao lume 500 gramas de banha de porco; em estando bem quente a banha, vão-se deitando nela as filhós que couberem na frigideira, voltando-as para que corem de ambos os lados, não deixando queimar a banha. Em estando fritas, molham-se uma a uma em calda de açúcar, tornando a deitar calda sobre elas quando já estiverem na travessa em que se hão de servir.
 

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