Rosa Maria, A Cosinheira das Cosinheiras. Lisboa: Empresa Literária Universal. 3ª edição s.d. pág. 194 |
Sopapos de Torres Vedras
Deita-se em um tacho meio quilo de açúcar refinado, e adiciona-se-lhe a água precisa para que se dissolva o açúcar, o qual se põe a ferver em lume muito forte, até subir a ponto de cabelo; deita-se-lhe então um litro de leite, que carece estar bem quente para não atrasar a fervura. Mexe-se tudo e deixa-se ferver até que o leite fique bem coalhado (em pedacinhos). Tira-se então do fogo, e adiciona-se à mistura dezasseis gemas de ovos, antes bem batidas, mexe-se durante alguns minutos, e volta depois ao lume a ferver, o bastante para que as gemas fiquem cozidas, o que é rápido. Obtido isto despeja-se o doce me uma travessa e polvilha-se de canele em pó.
Quem, em vez de canela, preferir o sabor de baunilha, deve ferver um pedaço de uma fava de baunilha no leite e depois de fervida, extraí-la para que não fique no doce.
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