Cozinha de Lisboa e seu termo: Alfredo Saramago, Assírio e Alvim
Pastéis do Cocó
Faça uma massa folhada e depois de descansar estenda-a e corte, com uma carretilha, rodelas de massa e ponha no meio uma colher de sopa de recheio, que são ovos-moles com um pouco de amêndoas torradas muito picadas. Dobre, faça meias luas e leve ao forno a cozerem.
Nota de Rodapé: O cocó tinha uma confeitaria na Rua de São Nicolau conhecida com o mesmo nome. O Cocó, de nome Araújo, foi pai de José Gregório de Rosa Araújo, o homem da Avenida da Liberdade e do início da Lisboa moderna. Eram os melhores pastéis de Lisboa, segundo Francisco Câncio que conheceu a casa, os pastéis e os bons almoços que lá serviam. Francisco Câncio, in Arquivo Alfacinha, V, II, C.M.L. 1954.
Na década de 1920 eram fabricados em Mafra uns bolinhos também conhecidos como cocós, pelas manas Sousa, da Leitaria Modesta.
"O "Cócó"
Rosa Araújo, o "Cócó", nasce a 17 de Novembro de 1840 e morre a 26 de Janeiro de 1893.
Confeiteiro,
 burgês, capitalista, vereador, presidente da Câmara Minicipal de 
Lisboa, par do Reino, tendo por vezes recusado o título de visconde.
Filho
 de Manuel José da SIlva Araújo, dono da Confeitaria Portuguesa, na Rua 
de S. Nicolau, célebre à época pelos seus pastéis de ovo de folhado 
muito fino, mais conhecidos por pastéis do cócó, esta designação passou 
também para os referidos pastéis. Herdou-a também o seu filho, numa 
época em que já era um político influente.
Rosa
 Araújo, membro do Partido Regenerador, integrou a lista para as 
eleições municipais de 1981, tendo sido eleito. A sua intervenção na 
Câmara Municipal de Lisboa vai prolongar-se por dezoito anos.
Desse
 longo período, onde naturalmente teve a seu cargo inúmeros projectos, 
destaca-se a longa polémica de encerramento do Passeio Público, para 
abertura da Avenida."


 
 
 
 
Sem comentários:
Enviar um comentário