domingo, 27 de outubro de 2024

Sophia Loren - Na Cozinha com Amor: "- Devo tudo o que sou ao spaghetti!" mas tomem lá a Beringela à Escabeche

Sophia Loren: Na cozinha com amor. Rio de Janeiro. Edições Bloch. 1971

Em 1968, quando esteve meses imobilizada num quarto de hotel para garantir que a gravidez que traria ao mundo Carlo Ponti fosse levada a bom porto, como o foi, Sophia Loren, com a ajuda de uma secretária, passou a escrito as receitas que fizeram parte da sua vida, quer fossem as suas quer as da nonna Luísa. 

O resultado foi um magnífico livro editado em 1971 - pela Rizzoli Editores, de Milão e logo no mesmo ano a edição brasileira, esta que aqui trago, pela editora Bloch - e que foi um êxito editorial e considerado um dos grande livros da gastronomia italiana. O mais interessante deste livro é que Sophia Loren vai contando alguns episódios da sua vida, dos jantares e almoços que oferecia a amigos e das viagens e filmes que ia fazendo. Interligando a vida com a cozinha, a cozinha com a vida.

O livro é acompanhado de um grafismo e de uma patina do tempo que o torna ainda mais especial. Nele, imensas fotografias de uma Sophia Loren no auge da sua beleza - auge esse, parece-me, que durou toda a vida - e que foram registadas propositadamente para o livro.

Eu, que tenho pela Sophia Loren uma paixão imensa, indissociável de Marcello Mastroianni - a melhor dupla da história do cinema -, fiquei tremendamente comovido quando consegui, finalmente, comprar este livro num leilão e em Portugal. 

Iremos voltar a ele muitas e muitas vezes...

Sophia Loren: Na cozinha com amor. Rio de Janeiro. Edições Bloch. 1971

Beringela à Escabeche 

O escabeche é sempre feito segundo o sistema de vinha d'alhos, usado no Sul de Itália. As beringelas devem ser cortadas em fatias bem grossas e vão a cozinhar em água quente, salgada, devendo sair da panela quando estiverem ainda bem consistentes. Depois de escorridas, são enxutas com cuidado, para que não se rompam.
Após frias, as beringelas são passadas para uma terrina e cobertas com algumas colheres de óleo (70-80 gramas, por cada quilo de beringela) e vinagre. O vinagre deve ser mais ou menos a metade do óleo. Juntam-se ao tempero um punhado de sal, outro de orégãos, um par de cabeças de alho trituradas, alguns grãos de pimenta ou pimentõezinhos vermelhos. Agora, é só dar uma mexidela nos ingredientes, cobrir a terrina e deixar a beringela repousar pelo menos por um dia. Dois, ainda é melhor.

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