domingo, 31 de janeiro de 2021

Bolo de Café

Bolo de Café

 

3 colheres de sopa de Nescafé
1 chávena de açúcar
2 colheres de sopa de manteiga
2 ovos
2 colheres de sopa de mel
canela e raspa de limão
1/2 [meia] colher de chá de sal
2 chávenas e meia de farinha
1 colher de chá de bicarbonato
1 colher de fermento
1/2 [meia] de chávena de chá de leite
 
Bate-se em creme a manteiga, o açúcar e o Nescafé. Acrescenta-se os ovos, o mel, a canela e o sal até obter uma massa bem homogénea. Mistura-se a farinha e o bicarbonato e o fermento, alternando-o com o leite. tenha uma forma untada e depois de pronto polvilha-se com açúcar.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Tatti-Oggies (Cornish Pasties) - Tatti Oggies (Pastéis da Cornualha)

The Oporto Ladies' Secrets (Segredos das "Senhoras Inglesas" do Porto): Novembro de 1981

Um livro que eu adoro e que já não me lembro de publiquei alguma receita contida nele. É uma edição bilingue, editado no ano de 1981 mas pensado já desde os anos sessenta e que partiu da colecção de "Avó Branca" - através da sua neta Angela Sellers - nada mais nada menos que sobrinha de Bullhão Pato. Mas também apresenta receitas antigas da família Cassels Chambers, Delaforce, Graham, Jennings, Perkins, Reid, Sellers, Symington, Tait... tudo famílias que têm a cidade do Porto na sua história. O livro é dedicado à causa da Unidade Cristã.


Tatti Oggies
(Pastéis da Cornualha) 
 
 A Colecção Nancarrow

As receitas que se seguem fazem parte de uma colecção preparada por uma tal Mrs. Nancarrow, mulher de um lavrador da Cornualha que vivia em Penzance no princípio deste século [XX]. Foram-me dadas pela Jean Pearce, mulher de meu primo, da família Nancarrow, e são todas receitas tradicionais da Cornualha - a maioria delas anotadas como rascunhos num livro de contas da velha Mrs. Nancarrow onde ela tomava nota da colheita de leite das suas vacas e do preço a que o vendia!
São uma contribuição minha, Julie Mae Trevithick Miles, habitante do Porto mas oriunda da terra de Tre... Pol... e Pen... para mostrar que nós, saloios, sabemos cozinhar!

Massa:
1/4 farinha sem fermento
pitada de sal
100 grs margarina (dura)
100 grs gordura cortada

Esfregar a margarina na farinha, juntar a gordura cortada e misturar até formar uma bola, adicionando um pouco de água fria.

Recheio:
200 grs de pá de boi ou fralda
200 grs de batata crua ralada ou couve-nabiça
cebola crua
salsa picada, sal e pimenta

Picar a carne e legumes muito miudinho, juntar a salsa e temperar com sal e pimenta.
Para fazer os pastéis, estender a massa e cortar num círculo grande ou em dois mais pequenos. Pincelar à volta do círculo com leite frio. Colocar o recheio no centro, dobrar a massa a meio sobre o recheio e virar e marcar as bordas. Cozer em forno moderado a quente durante cerca de 1 hora.

Outros recheios:
Nabo picado com manteiga, sal e pimenta.
Ovos cozidos picados, carne picada e salsa.
Alho picado ou cortado com maçã cortada.
Uvas passas e um pouco de especiarias.

Dicionário:
Fralda: Parte da carne de bovino que se situa entre a perna e as costelas.
In: Dicionário Prático da Cozinha Portuguesa, de Virgílio Nogueiro Gomes

sábado, 23 de janeiro de 2021

Bolo de Chocolate


Bolo de Chocolate
 

Manteiga - 160 grs
Açúcar - 160 grs
Amêndoa - 160 grs
Ovos - 4
Chocolate em barra - 160 grs
Fermento - 2 c. de chá
Rhum - 1 cálice bem cheio
Casca de laranja cristalizada - 100 grs.
Farinha 100 grs

Batem-se o chocolate, a manteiga (derretida), açúcar e as gemas. Junta-se a amêndoa, a laranja passadas pela máquina de moer amêndoa e o rhum. Finalmente a farinha com o fermento e as claras em castelo.
Recheia-se com ovos moles e cobre-se com ovos moles ou glacé de chocolate.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Pudim de Senhoras

 

Pudim de Senhoras

1 colher de sopa bem cheia de farinha de maizena e dissolva-se em 1/2 [meio] litro de leite adoçando-o com açúcar, deite-se-lhe depois 1 colher de manteiga com 2 colheres de água de flor de laranjeira.
 
Leva-se tudo ao fogo em um tacho e mexa-se bem; quando a massa engrossar ponha-se-lhe algumas gemas de ovos batidas, envolva-se tudo e meta-se em uma forma de pudim para cozer banho-maria. Tirado do fogo e frio, deita-se-lhe calda por cima e serve-se.

domingo, 17 de janeiro de 2021

Pescada Dourada


 Pescada Dourada
 
Lavam-se e limpam-se postas de pescada. Temperam-se de sal e põem-se numa frigideira com manteiga derretida, sumo de limão, salsa picada e um pouco de pimenta. Tapa-se a frigideira e deixa-se refogar o peixe por espaço de 5 minutos. Depois voltam-se as postas e torna-se a deixar refogar brandamente. À parte cozem-se batatas, passam-se pela máquina, deita-se-lhe manteiga, queijo ralado, pimenta e gemas de ovos. Cobrem-se as postas de pescada com uma camada desta massa, alisando-a bem com uma faca, levam-se ao forno a corar e servem-se com o molho do refogado.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Sopa de Cebola à Moda de Lafões

Chefe Silva: Memórias Gastronómicas (em Lafões). Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões: 2020.p. 31

Sopa de Cebola à Moda de Lafões
 
3 cebolas
2 batatas médias
1 cenoura
1,5 l. de água
100g de unto ou de toucinho gordo
Sal q.b.
1 colher (sopa) de massinhas finas

Descasque as cebolas, lave-as, abra-as ao meio, corte-as em gomos muito finos e leve a cozer em água fria.
Calque muito bem o pedacinho de unto ou toucinho gordo sobre um pouco de sal grosso, apertando bem para que o sal adira à gordura (se for unto, amasse-o depois bem com as mãos até fazer uma bola) e deite-o na sopa e, deixe cozer em lume moderado cerca de 30 minutos.
Descasque as batatas, corte-as em tirinhas finas, lave-as e junte-as à sopa. Descasque a cenoura, rale-a e deite-a também na sopa.
Deixe ferver até as batatas estarem cozidas e, por fim junte as massinhas, mexa e deixe cozer até as batatas começarem a querer desfazer-se.
Retifique de sal, se for necessário e sirva esta deliciosa sopa acompanhada de pão que muitos gostam de esfarelar e juntar à sopa.

Nota: O unto é a banha em rama (antes de ser derretida). Muita gente acha que esta sopa fica melhor sem a cenoura, mas esta dá uma cor mais bonita à sopa.

"Muito simples e agradável. Na região Beirã (Lafões) onde me foi apresentada, é servida geralmente ao jantar como prato único. Acompanhada de pão de milho ou de trigo. Pode experimentar, que é uma delícia. O unto, que refiro, pode ser substituído por toucinho gordo mas, se o usar, deve adicionar à sopa no final 1 ou 2 colheres de azeite."

Chefe Silva: Memórias Gastronómicas (em Lafões)

Chefe Silva: Memórias Gastronómicas (em Lafões). Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões: 2020

A Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões terminou o ano de 2020 em beleza, com a edição desta obra fundamental que celebra a vida de Chefe Silva e a sua ligação com a extraordinária zona de Lafões. Mais do que uma homenagem, é uma saudade do homem que durante anos e anos frequentava as Termas de São Pedro do Sul e travou grandes e longas amizades com gentes locais.

Do receituário incluso no livro, posso salientar a Sopa de Cebola à Moda de Lafões, a Couvada de Oliveira de Frades, Arroz de Pato à Lafões, Arroz de Feira de São Pedro do Sul, Vitela de Lafões, Creme Queimado da Gralheira, entre muitas outras.

O bonito deste livro é que une a Lafões o receituário de Amares e Caldelas [Termas de], locais fundamentais na vida e obra de Chefe Silva. 

O livro pode ser encomendado através da Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões ou contactando a Casa Museu de Vouzela.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Bom Ano de 2021 com novas leituras...



 Antes de mais, gostaria de desejar a todos os amigos do blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda um excelente 2021. Que este ano seja repleto de muita serenidade, muita saúde e paz. E que cá nos continuemos a encontrar e a partilhar experiências e sabores.

Este ano começou, para o blog, com duas aquisições absolutamente extraordinárias: o livro Receitas e Remédios de Francisco Borges Henriques (inícios do séc. XVIII), coordenação de Dulce Freire, e Sabores de uma época: tradições de uma terra, de Josefina Pissara.

- Receitas e Remédios de Francisco Borges Henriques: inícios do séc. XVIII, coord. Dulce Freire. Tipografia Lousanense; Ficta Editora: 2020.

Trata-se, como indicado em subtítulo, de "receitas dos milhores doces e de alguns guizados particullares e remedios de conhecida expiriencia que fes Francisco Borges Henriques para uzo de sua caza. No anno de 1715".

É uma edição cuidada, com uma excelente nota introdutória de Dulce Freire, coordenadora da edição, e que contou com a participação de Anabela Ramos, Ana Isabel Silva, Carlos Manuel Faísca, Filipe Covelo, Inês Gomes e Leonor Garcia, e um estudo profundo intitulado Na Cozinha de um alquimista em inícios do século XVIII, da autoria de Dulce Freire e Anabela Ramos. É de aquisição imprescindível para se perceber o que era o universo da Cozinha no séc. XVIII (e centúria anterior): "Nesse mundo, as cozinhas eram um espaço vital. As quase 400 receitas de doces, guisados e outras iguarias demonstram versatilidade para responder tanto às refeições quotidianas, como ao requinte dos banquetes. Os mais de 250 remédios indicam que as cozinhas eram então laboratórios farmacêuticos, de onde saíam medicamentos para maleitas tão diversas quanto mordeduras de bichos peçonhentos, depressão, infertilidade ou catarro. Existem ainda meia centena de fórmulas para perfumar a casa, cultivar a horta ou limpar os móveis, sem esquecer as rezas e bênçãos apropriadas. Numa época em que os alimentos eram também medicamentos, na cozinha cuidava-se do corpo e da alma, zelando pela saúde e pelo bem-estar de quem fazia parte da casa." [pp. 7-8]

Podem encomendar o livro aqui: https://fictaeditora.pt/product/receitas-e-remedios/

- Pissara, Josefina. Sabores de uma época: tradições de uma terra. Edição Município de Idanha-a-Nova: abril de 2019.

Quem viu a última edição do programa, do ano de 2020, de Visita Guiada, de Paula Moura Pinheiro, sobre Penha Garcia não terá ficado indiferente, seguramente, a uma Senhora extraordinária que ocupou grande parte do episódio. Falo de Josefina Pissarra, uma figura sábia e comovente, mestra herdeira de uma cozinha imemorial, ancestral.Se não viram, convido-vos a verem: https://www.rtp.pt/play/p7378/e512042/visita-guiada

Percebendo a importância da vivência de Josefina Pissara, o Município de Idanha-a-Nova, cumprindo também o seu dever de preservação de memórias, editou um livro extraordinário - desde o design de Paulo Passos/Naperon passando pelas fotografias de Valter Vinagre - com a fixação das receitas e mezinhas de Josefina.

Tal como a vida era vivida em tempos idos nos locais rurais de Portugal, era o calendário, sobretudo católico e agrícola, que ditava o ritmo e os comeres das populações. Assim sendo, o livro encontra-se dividido em capítulos dedicados ao Natal, às Janeiras, Páscoa e período da Quaresma, mas também Romarias, a Ceifa e a Malha, etc. Tal como a vida, também este livro não tem um índice, pelo que somos mesmos obrigados a folheá-lo para percorrer estes cheiros e sabores de Penha Garcia.

Podem encomendar o livro mandando e-mail para Alcina Marques, da Câmara de Idanha-a-Nova: alcina.marques@cm-idanhanova.pt. O valor total é 20.90€ (15.00€ do livro e 5.90€ de portes).

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